Após uma passagem de sucesso pelo Olympiacos, Carlos Carvalhal regressa ao Sporting de Braga, clube que já orientou em 2006/07 e entre 2020 e 2022. O treinador, de 58 anos, assume o comando dos minhotos com o objetivo de conquistar títulos e elevar o clube a novos patamares.
Anunciado esta semana como novo treinador do SC Braga, Carvalhal estreia-se no banco bracarense já esta quinta-feira, na segunda mão da terceira pré-eliminatória da Liga Europa, frente aos suíços do Servette. Na antevisão do encontro, o técnico abordou o processo que o levou de volta ao clube minhoto.
O convite de António Salvador
Acordei com uma mensagem do presidente António Salvador, que me tinha enviado na noite anterior, já bastante tarde. Normalmente, deito-me muito cedo. Quando vi a mensagem era para estar aqui às 8h30 para reunir. Fez-me o convite, pôs-me as condições e aceitei. 2/3 minutos no máximo., revelou Carvalhal.
O treinador mostrou-se extremamente motivado com o regresso ao clube. Motivação é altíssima. É o meu clube. Ter ajudado a vencer a Taça de Portugal foi a minha Champions. Tudo o que conquistar aqui tem 10 vezes mais valor do que noutro clube qualquer.
Evolução do clube
Carvalhal destacou a evolução do Sporting de Braga nos últimos dois anos, desde a sua última passagem pelo clube. Passados dois anos, o clube evoluiu de uma forma assustadora. É um clube completamente diferente. As instalações são de nível mundial. Conheço muitas instalações a nível europeu e lembro-me de ver uma ou duas a este nível.
O treinador referiu ainda que a grande diferença é que, nestes dois anos, se tornou avô. A grande diferença é que nestes dois anos sou avô. Envelheci um bocadinho.
Foco no próximo jogo
Apesar do pouco tempo de preparação, Carvalhal mostrou-se confiante na capacidade da sua equipa para ultrapassar o Servette e garantir a passagem à fase de playoff da Liga Europa. É altamente motivador. A equipa teve uma atitude boa no último jogo, não fazendo um jogo extraordinário. Obviamente temos que dar uma pincelada ou outra em termos de organização e depois trabalhar a nível estratégico. O adversário tem pontos fracos e fortes e temos que aproveitar. Foco no trabalho, ambição e humildade. Respeito pelo adversário. Estamos convictos que vamos passar.
Casos de Banza e André Horta
Carvalhal revelou que conta com os serviços de Banza e André Horta, dois jogadores importantes no plantel do Sporting de Braga. Conto com o Banza e o André Horta. O André, como sabem, é um jogador que aprecio. Foi muito utilizado por mim, fundamental na 2ª época. Tive a oportunidade de levá-lo para o Olympiacos, com a ajuda do presidente António Salvador. Infelizmente, não tive muito tempo para o treinar. Agora, ao regressar, fico muito contente de estar no plantel.
Sobre Banza, Carvalhal afirmou: O Banza tem contrato com o clube, foi das primeiras coisas que falei com o presidente. É um jogador como os outros, depende do seu trabalho. Vem de uma lesão, ainda está longe do melhor nível, mas está convocado e, se for necessário, vai entrar e ajudar a equipa.
Sem pressão, mas com ambição
Apesar da pressão inerente a um clube como o Sporting de Braga, Carvalhal garantiu que não sente qualquer tipo de pressão. Não tenho pressão nenhuma. 58 anos, a minha vida familiar estável. Tenho uma vontade muita grande de ganhar. Vou mais pelo lado de criar raízes e fazer história. É uma pressão que coloco a mim mesmo. A pressão do SC Braga é enorme, é um clube que quer ganhar os jogos todos. É uma pressão positiva.
O treinador mostrou-se confiante na sua equipa técnica e na capacidade de organizar a equipa da melhor forma. Desejo as maiores felicidade ao Daniel e à sua equipa técnica para o futuro. Não quis dizer que a equipa não estava organizada, nem nunca faria uma afirmação dessas a um colega. Falo da organização em função do nosso jogo. A maneira de pressionar e defender é diferente e foi isso que fizemos, lançar essas pinceladas. Apostámos forte em alguns pontos estratégicos.