Depois de 15 anos como analista da Académica, Daniel Sousa dá agora o salto para o comando técnico do SC Braga. O atual treinador dos arsenalistas lançou-se no futebol ao mais alto nível numa estrutura da Briosa que, à época, era liderada por… André Villas-Boas, sendo que, a partir daí, foram vários os anos de parceria.
Daniel Sousa foi um dos fiéis escudeiros do agora presidente do FC Porto – além dos dragões, também nas passagens por Chelsea, Tottenham, Zenit, Shanghai e Marselha -, mas a realidade agora é outra e A BOLA esteve à conversa com quem o acompanhou no início do trajeto.
Uma relação «à distância»
Pedro Costa, que vestiu a camisola do SC Braga entre 2002 e 2007, fazia parte do plantel da Académica quando Daniel Sousa passou por Coimbra. E apesar de ser uma relação «à distância», a verdade é que o trabalho de gabinete tinha reflexos no dia a dia de treino.
«Nessa época até nem tínhamos relacionamento presencial com os elementos da parte da análise, mas a verdade é que todo o trabalho de campo que daí advinha e que nos era transmitido pela equipa técnica trazia tudo o que era necessário. Não só sobre a nossa equipa, mas também sobre os adversários. O mister André Villas-Boas e os seus adjuntos davam-nos toda a informação que era precisa e que vinha, em grande parte, da equipa de analistas onde estava o mister Daniel Sousa. Havia uma sintonia total», recorda Pedro Costa.
Um «grande trabalho» à espera de Daniel Sousa
A etapa de Daniel Sousa é, então, outra, agora ao serviço dos guerreiros do Minho, e o antigo lateral-direito não tem dúvidas em projetar-lhe a felicidade: «Acho que o mister está pronto para fazer um grande trabalho. Tem todas as condições para ter sucesso.»
Esta opinião de Pedro Costa está também assente no facto de ter acompanhado o início da carreira de treinador de Daniel Sousa, primeiro no Gil Vicente e depois no Arouca. «Os comportamentos demonstrados pelas equipas que treinou dão todas as provas necessárias de que o trabalho é de excelência. Apesar de ter pouco tempo de carreira, o percurso tem sido bom e estará ao nível da exigência do SC Braga», projeta.
Um título «eternamente gravado»
Quando chegou ao SC Braga, em 2002/2003, Pedro Costa já tinha representado, enquanto sénior, Boavista, Gondomar e Famalicão. Mas por essa altura também já tinha um título de extrema importância no currículo: campeão da Europa pela Seleção Nacional de sub-18.
«É verdade, foi em 1999, celebraram-se recentemente 25 anos, e foi, sem dúvida nenhuma, um dos pontos mais altos da minha carreira. Conquistar aquele título com a camisola de Portugal foi fantástico. É um marco que ficará eternamente gravado nas nossas carreiras», recorda, com natural saudade.