O Sporting Clube de Braga realizou esta semana o seu primeiro congresso sobre o futuro do futebol e do desporto em Portugal, com a presença de diversos "stakeholders" da indústria, incluindo os presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e da Liga Portugal.
Na abertura do evento, o presidente do clube minhoto, António Salvador, justificou a realização deste congresso por duas razões principais. Por um lado, destacou que o investimento na Cidade Desportiva do Sp. Braga criou as condições ideais para acolher um evento desta dimensão, reforçando a dinâmica do clube. Mas a razão mais importante, segundo Salvador, é o posicionamento institucional do Sp. Braga como uma "voz ativa e relevante nas grandes discussões sobre o futuro do nosso futebol e do nosso desporto".
Sp. Braga quer liderar mudança no futebol português
O dirigente afirmou que o clube tem "quadros de primeira linha nas mais diversas áreas" e "pensamento crítico e visão sobre o caminho coletivo que devemos percorrer", sem se fechar sobre si mesmo, antes procurando o diálogo e a "construção coletiva de um bem comum".
Nesse sentido, Salvador convocou para o congresso "os melhores profissionais de muitas das mais relevantes instituições do futebol e do desporto", para que desta "troca de ideias, muitas vezes com discordância e conflito, possam sair compromissos" e se identifiquem "problemas e desafios, mas também se encontrem respostas e oportunidades".
Braga quer elevar fasquia do futebol português
O presidente do Sp. Braga considerou que este é um "momento coletivo que nos convoca a sair da nossa zona de conforto", defendendo que "precisamos de causas e de objetivos maiores, nos quais acreditemos de forma convicta e pelos quais sejamos capazes de lutar de modo inegociável".
Segundo Salvador, é necessária "uma visão global, mesmo que ela seja incómoda para o interesse particular", para "repensar todo o nosso edifício desportivo e de reestruturar a sua pirâmide", cuidando e alimentando a base, ao mesmo tempo que se valoriza a elite.
Futebol português precisa de liderança e ambição
"O futebol e o desporto português podem e devem ter orgulho no muito que fazem, mas não nos é permitido julgar que a nossa posição é adquirida e que as fórmulas do passado garantirão o nosso sucesso futuro. Este é um tempo perigoso. Hesitações e indefinições representarão perdas quiçá irrecuperáveis", alertou Salvador.
Neste contexto, o líder dos arsenalistas defendeu que "este não é um tempo para taticismos ou estratégias particulares", mas sim para "lideranças firmes e convictas" que guiem o futebol português "rumo ao único caminho que nos serve: o da competitividade e sustentabilidade".
Sp. Braga disponível para liderar mudança
"Só elevando a nossa fasquia ao nível dos melhores podemos aspirar à elite. Só a presença na elite garante os recursos de que precisamos para alimentar todo o nosso edifício desportivo, reforçando a circularidade desta indústria e permitindo investimento na alta competição, nas modalidades e na formação", sublinhou António Salvador.
Por fim, o presidente do Sp. Braga reafirmou que o clube está "disponível e na linha da frente para um trabalho conjunto que garanta que avançamos no tempo certo e da forma certa rumo a um futuro muito melhor" para o futebol e o desporto em Portugal.