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Começou no 'peladão' no Brasil
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Passou pelo Cruzeiro, Bahia e Duque de Caixas
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Encontrou no treinador Vítor Oliveira um 'verdadeiro pai'
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Transferido do Chaves para o SC Braga por 1,5 milhões de euros
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Aos 20 anos ficou sem clube e trabalhou com o irmão na limpeza
Uma Carreira em Ascensão
Rafael Assis, de 33 anos, é um nome bem conhecido no futebol português. Com 111 jogos na 2ª Liga e 38 na 1ª Liga, o médio-defensivo brasileiro passou por clubes como Beira-Mar, Chaves, SC Braga, Paços de Ferreira, Varzim e Trofense.
Atualmente, Assis foi uma peça importante na manutenção do Trofense na Liga 3 na temporada 2023/24. Depois de termos analisado a sua última temporada na primeira parte desta entrevista, neste segundo segmento Assis partilha a sua longa jornada no futebol português.
Origens no "Peladão" Brasileiro
O futebol entrou na vida de Assis de forma natural, começando no "peladão" no Brasil. Nós, brasileiros, começamos sempre no peladão. Numa primeira fase não temos a responsabilidade de termos de seguir carreira, mas com o passar do tempo esse prazer vai crescendo dentro de nós
, explicou.
Assis passou pela formação do Cruzeiro e por clubes como Bahia e Duque de Caixas, antes de se transferir para o Beira-Mar e chegar a Portugal. Foi quando cheguei a Portugal que percebi que a coisa era séria
, admitiu.
Mentores e Oportunidades
No Beira-Mar, Assis encontrou alguém que se tornou um "verdadeiro pai" para ele: o treinador Vítor Oliveira. Ele ajudou-me muito, nas principais decisões que tive de tomar na minha carreira consultei-o sempre. Era ele e a minha família que me orientavam sempre nas decisões
, revelou.
Depois da passagem pelo Chaves, onde fez uma "época incrível" e conseguiu a subida de divisão, Assis rumou ao SC Braga, a convite de outro treinador que considera um "pai", Jorge Simão. Ele contratou-me para o SC Braga e depois para o Al-Fayaha, da Arábia Saudita. Aliás, quando saí do para o SC Braga tornei-me a maior venda do Chaves, já que saí por cerca de 1,5 milhões de euros
, contou.
Houve, no entanto, momentos de dúvida na carreira de Assis. Aos 20 anos, ficou mesmo sem clube e teve de ir trabalhar com o irmão na área das limpezas. Tive de continuar a treinar sozinho, mas nunca desisti. Acabei por ir para um clube menor, destaquei-me e deu-se a possibilidade de vir para Portugal. Não pensei duas vezes, o salário não era muito alto, mas eu queria era jogar
, recordou.