Os Gverreiros do Minho, vindos de uma derrota dolorosa ante o Benfica, entraram em campo determinados a resolver o encontro rapidamente, o que conseguiram com relativa facilidade antes do intervalo. A vantagem de três golos foi um bom aconchego na ida para o descanso da equipa minhota e dava a ideia de permitir a gestão dos esforços, uma vez que havia competição em mente para além desta partida. Os golos de João Moutinho, que se estreou a marcar pelos arsenalistas, Niakaté e Ricardo Horta contrariam a forma agressiva dos nacionalistas no maltratado relvado da Choupana. Nem se entendia muito bem a hostilidade dos insulares, que se estendia às bancadas sem uma explicação racional para isso.
O segundo tempo foi, em função do contexto criado na etapa inicial, de pura gestão, com os brácaros a tirarem o pé do acelerador, uma vez que só algo extraordinário os tiraria da discussão deste título. O golo de honra do Nacional, que está a fazer uma grande temporada sob o comando de Tiago Margarido, fechava o resultado, num triunfo que coloca os bracarenses rumo a Leiria.
A final four não deverá contar com as claques de Braga, tal como nos jogos desta fase de grupos, uma vez que elas se encontram em protesto contra a reestruturação anunciada pela Liga para a disputa deste troféu no futuro. Veremos se o tempo mudará a posição destes grupos organizados de adeptos no desejado apoio que pode ajudar a equipa a atingir os seus objetivos.
O justo triunfo conquistado no alto da Choupana, desta vez sem interferência do nevoeiro, coloca um ponto final no ciclo de duas derrotas, sofridas frente ao Nápoles e ao Benfica, que apesar de ser curto parece demasiado longo por ter interferido nos objetivos que o grupo definiu para esta temporada. Os brácaros voltaram a sofrer um golo, o que deve ser motivo de novas perguntas proximamente ao treinador Artur Jorge, que até já sente algum desconforto com tanta insistência nesse dado negativo do percurso da equipa ao nível dos golos sofridos.