O Boavista Futebol Clube prepara-se para realizar uma Assembleia Geral (AG) Extraordinária no dia 28 de julho, numa resposta direta às recentes manifestações dos seus adeptos. O clube anunciou oficialmente a convocatória através das suas plataformas digitais, poucos dias após uma demonstração de descontentamento junto ao Estádio do Bessa, protagonizada pela claque Panteras Negras.
Este momento de tensão reflete a insatisfação crescente em torno da gestão do clube e da sua situação desportiva e administrativa, que tem suscitado preocupação entre a família axadrezada.
Protesto dos Adeptos e Reação da Direção
Na madrugada de sábado, cerca de uma centena de adeptos estiveram presentes na manifestação, incluindo nomes destacados como Álvaro Braga Júnior, antigo presidente da SAD e do clube, e Filipe Miranda, ex-candidato à presidência do Boavista. Durante o protesto, os apoiantes manifestaram críticas severas à falta de comunicação e transparência da direção quanto ao futuro do clube.
Em resposta a este clamor, o presidente Garrido Pereira dirigiu-se aos participantes no local, garantindo a convocação da Assembleia Geral Extraordinária. Embora a data já esteja definida para 28 de julho, a hora e o local da reunião ainda serão comunicados posteriormente, em total conformidade com os estatutos do clube.
Contexto Difícil e Perspetivas para o Futuro
O Boavista enfrenta um contexto desportivo complicado, tendo terminado a última edição da Liga no último lugar da classificação. A situação agravou-se com o incumprimento dos requisitos exigidos pela Federação Portuguesa de Futebol para a inscrição nas competições da Liga 3 e do Campeonato de Portugal.
A convocação da Assembleia Geral surge assim como uma tentativa de criar um espaço formal onde os sócios possam ser esclarecidos e participar ativamente na decisão do rumo a seguir pelo clube. Este é um momento crucial para o Boavista, que procura reorganizar-se internamente e responder às exigências da sua massa adepta.