O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Reinaldo Teixeira, expressou a sua tristeza pela saída do Boavista da II Liga. O clube do Bessa não conseguiu cumprir os requisitos de inscrição, sendo, por isso, substituído pela Oliveirense.
Teixeira comentou, “É com tristeza que vemos qualquer sociedade desportiva não ficar nas condições que ganhou por direito próprio dentro do campo. Por isso, estamos tristes com todos aqueles que desceram, mas, como compreendem, esta é a casa dos clubes e compete-lhe respeitar os regulamentos que foram aprovados em sede de AG e ratificados na Federação Portuguesa de Futebol (FPF).”
Esforços do Boavista e Prazo de Inscrição
O dirigente sublinhou ainda que, apesar dos esforços do Boavista, o prazo para a inscrição expirou. “O Boavista, infelizmente, não cumpriu, apesar de nós testemunharmos que estiveram muito empenhados e fizeram um grande esforço para o conseguirem e obterem o que é necessário para se inscreverem. Lamentamos e desejamos que todos aqueles que desceram, não só o Boavista, regressem rapidamente às competições profissionais,” acrescentou o presidente.
A troca de clubes é uma decisão pautada por regulamentos claros. Reinaldo Teixeira deixou claro que a Oliveirense, ao ocupar a vaga, foi escolhida de acordo com a sua classificação na última temporada da II Liga. “O normal é convidar, de acordo com as regras, a equipa que ficou logo abaixo [da última equipa que se manteve no escalão]. A Oliveirense já foi convidada e houve diálogos. A partir do momento em que não foram conseguidos os requisitos para que o Boavista se mantivesse, houve diálogos no dia seguinte e os serviços encetaram o que é normal. Agora, cabe à Oliveirense honrar as suas condições,” explicou.
Política de Rigor da Liga
O presidente da LPFP também afirmou que a Liga se guiará por uma política de rigor. “O espírito da Liga é que haja cada vez mais esta clareza e ambição, que passa pela vontade de todas as sociedades desportivas crescerem e virem para o futebol profissional, desde que se consigam manter com as condições necessárias. O Boavista é um histórico, acho que ninguém fica satisfeito, mas a nós, enquanto entidade coletiva plural, preocupa-nos olhar com o pragmatismo que o momento obriga,” concluiu Teixeira.
Em suma, a situação do Boavista levanta questões sobre a estabilidade financeira e operacional de clubes em ligas profissionais. A adesão a critérios rigorosos é necessária para garantir a integridade da competição, mas a dor da descida toca tanto o clube como os seus adeptos, que esperam um futuro melhor para a instituição. A Oliveirense, por sua vez, terá a responsabilidade de assegurar que a sua presença na II Liga tenha sucesso.
