A meia-noite de quinta-feira marcou o início de um capítulo preocupante na história do Boavista. Doze badaladas ecoaram no coração da equipa, revelando uma realidade sombria para um grupo de adeptos ainda a tentar compreender a descida ao segundo escalão. Infelizmente, a situação foi ainda mais agravada ao se tornarem cientes de que não possuirão uma vaga na Liga Portugal. Esta situação emergiu quando, sem certidões válidas da Segurança Social e da Autoridade Tributária, a SAD do Boavista falhou o processo de licenciamento. Como resultado, viu-se oficialmente impedida de se inscrever na competição.
Na corrida contra o tempo, a administração buscou uma solução, contando com uma injeção de 2,5 milhões de euros do proprietário, Gérard López, que supostamente regularizaria a situação. Contudo, esses fundos não ficaram disponíveis a tempo. Fontes próximas ao empresário relatam que “a transferência foi bloqueada por um administrador judicial” nomeado pelo tribunal, unindo esforços que se revelaram infrutíferos. A situação, quase impessoal e burocrática, tornou-se um drama que destoa da história do clube. A famosa “última da hora”, que tantas vezes salvou os axadrezados, falhou esta vez.
A Desilusão do Presidente
No comunicado oficial do clube, as palavras de Fary Faye, presidente da SAD, refletem um estado de “surpresa” e “desilusão”, sentimentos que revelam a impotência diante do desfecho. No entanto, para aqueles que têm seguido a trajetória do Boavista, estes desenvolvimentos não são totalmente inesperados. Este é um retrato do que se espera uma vez mais no Bessa em 2025, repetições de incertezas e frustrações.
O portal zerozero, com a colaboração de algumas figuras proeminentes no universo axadrezado, chamou a atenção para a necessidade de fazer a “autópsia desta queda aos quadradinhos”. O panorama atual, que se desenha como um filme de terror, levanta uma incógnita sobre o futuro do clube e como os adeptos lidarão com mais uma desilusão.