Tribunal rejeita impugnação do Boavista em momento crítico

  1. Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia
  2. Boavista apresenta impugnação do PER
  3. Fary Faye lidera administração do clube
  4. Credores totalizam 166 milhões de euros

A recente decisão do Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia teve um impacto significativo sobre a SAD do Boavista, ao rejeitar a impugnação do Processo Especial de Revitalização (PER) apresentado pela administração do clube. Esta avaliação legal é crucial num momento em que o Boavista procura estabilizar a sua situação financeira.

O tribunal considerou que o recurso apresentado pelo Boavista era “manifestamente extemporâneo, caso fosse legalmente admissível”. Em sua análise, o tribunal também se pronunciou contra as contestações realizadas por credores como o fundo EOS e a sociedade BTL.

Decisão do Tribunal

Em relação aos recursos submetidos em abril, o tribunal sustentou que eram “inadmissíveis, uma vez que a decisão impugnada não constitui a decisão final do processo, nem se inclui nas decisões interlocutórias autonomamente recorríveis”. Isso levanta preocupações sobre a eficácia das ações legais que buscavam contestar o plano de reestruturação financeira.

A administração do Boavista, liderada pelo ex-jogador Fary Faye, entregou o plano de pagamentos apenas no dia 29 de abril, após enfrentar impedimentos como um corte generalizado no abastecimento elétrico em Portugal. No entanto, o clube argumenta que o prazo já tinha expirado, uma vez que o depósito deveria ter sido feito a 24 de abril. O tribunal considerou essa argumentação inválida.

Queixas e Descontentamento

O clube contestou fortemente neste processo, denunciando que “não foi chamado em momento algum para participar nas negociações tendentes à elaboração do plano”. Esta queixa indica um descontentamento significativo com a transparência e a inclusão nas decisões que afetam diretamente o futuro da SAD.

Além disso, a administração do Boavista indicou que o plano atual prevê medidas que não poderão ser concretizadas, pois a devedora não possui a disponibilidade de bens corpóreos que são propriedade do credor do Boavista. Mais gravemente, a SAD “nem sequer pretende pagar pela sua utilização”, levantando questionamentos sobre a viabilidade do PER.

Situação Financeira Crítica

As garantias oferecidas aos credores, que somam quase 166 milhões de euros de verbas reclamadas, tornam a situação ainda mais crítica para a continuidade da SAD. Entre os credores, destacam-se a Autoridade Tributária, com 35,1 milhões de euros, e a Segurança Social, com 4,2 milhões de euros.

Fary Faye, o administrador do clube, tem sido vocal sobre as consequências de não aprovar o plano de recuperação, afirmando que, se não for comprovado, “a única alternativa seria a apresentação de um pedido de insolvência, que culminaria na inevitável liquidação da SAD, frustrando assim as legítimas expectativas de todos e a recuperação dos créditos por parte dos credores”.

Perspectivas Futuras

Este alerta sublinha a gravidade da situação em que se encontra a SAD do Boavista, que também luta na Liga, onde se prepara para receber o FC Porto na próxima jornada. Diante dessas circunstâncias, a continuidade da SAD do Boavista está em xeque, e a decisão do tribunal poderá ter repercussões de longo alcance não apenas sobre a administração atual, mas também sobre o futuro imediato do clube.

Com a capacidade de competir no campeonato em risco, os próximos passos da administração do Boavista serão decisivos para determinar o rumo que o clube tomará nos próximos meses, enquanto procura soluções duradouras para os seus problemas financeiros.

Tribunal rejeita impugnação do Boavista ao PER da SAD

  1. Tribunal de Comércio de Vila Nova de Gaia rejeitou impugnação do Boavista ao PER da SAD.
  2. Recurso do Boavista considerado "manifestamente extemporâneo" pelo tribunal.
  3. Lista provisória de credores inclui 239 entidades e cerca de 166 milhões de euros em dívidas.
  4. Boavista detém 10% do capital social da SAD e questiona a viabilidade do plano.

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  1. Tiago Pinto elogia Mile Svilar, guarda-redes que representou o Benfica e agora joga na Roma.
  2. Pinto destaca a pressão mediática no Benfica e na Roma como um fator que dificulta o planeamento estratégico.
  3. Svilar foi apelidado de 'Golden Boy' por Tiago Pinto no Benfica.
  4. Tiago Pinto encontra no Bournemouth a capacidade de planear a longo prazo.