Estreia vitoriosa de Stuart Baxter no Boavista com triunfo sobre o Farense

  1. Stuart Baxter estreou-se com uma vitória por 1-0 frente ao Farense.
  2. Baxter: "Encontrei jogadores com baixos níveis de confiança".
  3. Marreco: "É surreal não haver pelo menos um golo".
  4. Boavista tem cinco finais pela frente, segundo Baxter.

Num jogo crucial para as aspirações de ambas as equipas, o Boavista, sob o comando do seu novo treinador Stuart Baxter, garantiu uma vitória por 1-0 frente ao Farense. O encontro, marcado pela tensão e pela importância dos três pontos, teve contornos dramáticos e declarações fortes de ambos os técnicos.

A estreia de Baxter no banco axadrezado trouxe consigo uma lufada de ar fresco e uma injeção de confiança que se traduziu num triunfo suado, mas merecido. Do lado do Farense, a frustração era evidente, com o treinador Tozé Marreco a lamentar a ineficácia da sua equipa em momentos cruciais.

A estreia de Stuart Baxter e o discurso motivacional

Stuart Baxter não escondeu a sua satisfação com a atitude e o desempenho da equipa, especialmente na primeira parte. O treinador escocês revelou ter focado a sua mensagem em aspetos simples, mas cruciais para aumentar a confiança dos jogadores. ““Estou no futebol há muito tempo e não acredito que haja segredos. O que sei é que encontrei jogadores com baixos níveis de confiança e que precisavam de uma razão para acreditar que podiam ganhar este jogo. Falei com eles sobre duas ou três coisas, não 20, que nos podiam ajudar””, afirmou Baxter.

O técnico elogiou a forma como a equipa encarou o jogo, ciente da pressão que sentia. ““Estou orgulhoso pela forma como jogámos na primeira parte. Porque jogar aquele tipo de futebol com 'uma faca ao pescoço' [sob pressão] não é fácil””, confessou.

A resiliência do Boavista na segunda parte

Apesar do aumento da pressão por parte do Farense na segunda parte, o Boavista demonstrou solidez defensiva e conseguiu segurar a vantagem. Baxter destacou a importância da concentração e da crença dos jogadores na mensagem transmitida. ““Na segunda parte, o Farense jogou com muita intensidade e obrigou-nos a defender. Fico satisfeito pela forma como defendemos tão bem. Acho que o segredo esteve nos jogadores, no facto de eles terem ouvido e aceitado o que eu disse, que lhes deu algo para acreditar””, explicou.

O mantra para o resto da época

Olhando para o futuro, Baxter revelou o discurso motivacional que teve com os jogadores, estabelecendo um objetivo claro para as próximas jornadas. ““Eu disse-lhes que íamos ter cinco finais. Ganhámos uma e temos outra a seguir. Não podemos ter um dia em que não estejamos super concentrados. Esse vai ser o mantra, quero que continuem a ser cada vez melhores””, revelou o treinador do Boavista.

A vitória trouxe um ambiente de alívio e alegria ao grupo, algo que Baxter valorizou. ““Os jogadores estão aliviados e felizes. A viagem de regresso vai ser muito melhor. E estou a ver muitos sorrisos, o que é bom, pois já não acontecia há algum tempo””, concluiu Baxter.

A frustração de Tozé Marreco

Do lado do Farense, o treinador Tozé Marreco não escondeu a sua frustração com a falta de eficácia da equipa em casa. ““A frustração é enorme, porque temos novamente, aos cinco minutos de jogo, uma bola na pequena área na primeira oportunidade para fazer golo, e não fazemos. Foi um jogo dividido [na primeira parte]. Não sabíamos bem o que íamos encontrar do outro lado para conseguir ajustar. Uma bola de um remate exterior que desvia no Tomás [Ribeiro] é a única aproximação do Boavista à nossa baliza, até ao golo””, lamentou Marreco.

O técnico lamentou a incapacidade da equipa em marcar golos no Estádio de São Luís, um fator que tem penalizado o Farense. ““Entrámos bem na segunda parte, a querer chegar à baliza. Temos mais quatro ou cinco cantos, 10 ou 12 remates, uma bola no poste, outras que andam ali próximas da linha de golo, e não conseguimos fazer. Nem sempre a jogar bem, com muito coração, mas é inexplicável. Nestes jogos, com adversários diretos, é absolutamente frustrante não conseguir fazer um golo aqui no São Luís, por tudo o que fazemos. E depois, sermos absolutamente penalizados com as aproximações do adversário à nossa baliza, que neste caso deram um golo de um lançamento lateral. Quando não ganhamos os nossos jogos, é sempre difícil estar a olhar para o que os outros estão a fazer. Temos de fazer primeiro os nossos pontos e é inexplicável que não consigamos nestes jogos em casa fazer golos””, desabafou o treinador do Farense.

A seca de golos inexplicável

Marreco mostrou-se perplexo com a falta de golos da sua equipa, não encontrando uma explicação lógica para o problema. ““Com o campeonato que estamos a fazer fora de casa, e com resultados minimamente condizentes em casa, estávamos noutra situação. Não encontro uma explicação lógica. Volto a repetir, nem sempre a jogar bem, mas a fazer mais do que suficiente para chegarmos aqui ao quinto jogo seguido e não conseguirmos marcar, com 50 remates e sete ou oito ocasiões claras de golo. É surreal não haver pelo menos um golo””, rematou o treinador, visivelmente desapontado com o resultado e com a exibição da sua equipa.

Benfica enfrenta Arouca com equipa principal na 29ª jornada

  1. Benfica defrontou Arouca na 29ª jornada da Liga Portugal Betclic.
  2. Tomás Araújo jogou na lateral direita apesar de problemas físicos.
  3. Henrique Araújo não jogou por estar emprestado pelo Benfica.
  4. Onze inicial do Benfica: Trubin, Tomás Araújo, Otamendi, António Silva, Carreras, Aursnes, Florentino, Aktürkoglu, Kökcü, Di María e Pavlidis.