Coletivos exigem medidas urgentes contra o racismo no desporto português

Coletivos exigem medidas urgentes contra o racismo no desporto português

Uma frente unida de 38 coletivos, associações e grupos de diversas regiões do país manifestou a sua preocupação com o racismo no desporto português, apelando a medidas urgentes e eficazes. A carta, dirigida a várias entidades, incluindo a Presidência da República e o Governo, critica a ineficácia das ações estatais e a impunidade que prevalece face aos atos racistas.

O documento, que surge na sequência de vários incidentes, sublinha a necessidade de uma resposta firme e imediata, visando erradicar o racismo dos estádios e demais eventos desportivos. O objetivo é garantir que a igualdade e a liberdade sejam valores incontestáveis no desporto nacional.

Inação e Impunidade: As Críticas Centrais

A missiva denuncia a falta de ação perante atos graves de racismo, mesmo quando reportados ao Ministério Público, com as organizações a lamentarem que essas situações não resultem em ações efetivas e dissuasoras. “As organizações signatárias apelam a todas as autoridades com competência para investigar, punir, prevenir e legislar de forma a criar uma nova realidade em Portugal no que diz respeito à prevenção e ao combate ao racismo no desporto — uma área em que as ações do Estado se têm revelado absolutamente ineficazes,” pode ler-se na carta.

O relatório de 2024 da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD) revela um aumento de queixas registadas, mas, em contrapartida, “uma elevada taxa de arquivamentos”. Esta situação é vista como um reflexo da ineficácia da legislação vigente e da falta de vontade política em combater o problema.

O Caso Bruno Varela e a Urgência de Medidas

O caso de Bruno Varela, guarda-redes do Boavista, alvo de insultos racistas num jogo contra o Vitória de Guimarães, é usado como exemplo da urgência de medidas. “O recente caso de racismo ocorrido no jogo de futebol entre o Boavista e o Vitória de Guimarães, realizado no Estádio do Bessa, no passado dia 09 de março, no qual o guarda-redes Bruno Varela foi alvo de insultos racistas vindos das bancadas, exige uma reação urgente por parte das entidades responsáveis,” referem os signatários.

A situação descrita é vista como um “vazio legislativo” que demonstra “racismo institucional”. A falta de ação em casos não filmados ou captados é criticada, levando ao arquivamento das queixas e perpetuando a sensação de impunidade.

Propostas Concretas para Combater o Racismo

O grupo recorda que foi iniciada uma petição para pedir alteração à lei, que “afasta do crime de ódio os comportamentos que não sejam veiculados por meios de divulgação”. Essa alteração é vista como crucial para garantir que todos os atos racistas, independentemente da sua forma de expressão, sejam punidos.

A mensagem final da carta é clara e assertiva: “As organizações signatárias desta carta não aceitam mais a perpetuação da impunidade em relação à violência racista nos eventos desportivos. Medidas imediatas devem ser adotadas, como jogos à porta fechada, proibição de transmissão televisiva, exclusão de competições desportivas, sanções pecuniárias elevadas, criação de um canal de denúncias eficaz,” defendem.

Gil Vicente e Brentford anunciam parceria estratégica

  1. Esta colaboração visa fortalecer a estrutura desportiva e organizacional de ambas as instituições
  2. A parceria com o Brentford é uma oportunidade única para elevar o nível da estrutura do Gil Vicente
  3. O Brentford é uma referência na gestão do recrutamento e desenvolvimento de jogadores, e na relação com os adeptos
  4. Esta parceria está alinhada com a visão do futuro do Gil Vicente

Benfica com 17 ausências no regresso aos treinos

  1. Benfica regressa aos treinos após dois dias de folga.
  2. Roger Schmidt enfrenta 17 ausências, 11 por compromissos internacionais.
  3. Jogo contra o Gil Vicente agendado para 28 de março.
  4. Lesionados de longa duração: Manu Silva, Alexander Bah, Di María e Tiago Gouveia.