Ao longo da história da Liga portuguesa, alguns clubes protagonizaram notáveis recuperações, conseguindo a manutenção em momentos aparentemente desesperadores. O Boavista, atualmente na luta pela permanência, é um desses exemplos, tendo escapado a várias despromoções que pareciam certas.
Desde a época 1971/72, a Académica de Coimbra, o Rio Ave e o Salgueiros registaram o mínimo de pontos (7) no final da primeira volta, mas conseguiram a salvação. A Briosa chegou mesmo a garantir a manutenção com apenas 20 pontos, um recorde.
Já no século XXI, o Alverca, o Beira-Mar, o Moreirense, o Rio Ave e o Vitória de Guimarães foram despromovidos apesar de terem entre 33 e 35 pontos, demonstrando o quão difícil é a luta pela permanência.
Nas últimas seis edições, apenas o Marítimo, em 2020/21, conseguiu escapar à descida, terminando em 15.º lugar com 35 pontos, depois de estar na lanterna vermelha à 22.ª jornada.
O Boavista também tem um historial de milagres de sobrevivência. Segundo o treinador Lito Vidigal, Em 1971/72, 1982/83 e 2015/16, os axadrezados recuperaram de posições perigosas para garantir a manutenção. Nesta temporada, a equipa enfrenta novos desafios, com a pior defesa e o segundo pior ataque da Liga.
Na noite desta sexta-feira, o Boavista recebe o Estrela da Amadora, numa autêntica final pela permanência, numa partida que pode ser decisiva para as aspirações das «Panteras».