Apesar dos desafios, o Boavista mantém-se na luta
Factos são factos e os números não enganam. Com um passivo de dezenas de milhões de euros e encontrando-se impedido de inscrever jogadores nas últimas quatro janelas de transferências, o Boavista está a ter, como seria expectável, um início de época muito difícil.
Afastado da Taça de Portugal, logo na 3.ª eliminatória, pelo Varzim (Liga 3), com nove jornadas da Liga riscadas no calendário, ou seja, ultrapassado o primeiro quarto de prova, a equipa do Bessa — 15.ª classificada e primeira acima da linha de água, somando um triunfo, três empates e cinco derrotas — tem um dos três piores ataques da prova, com cinco golos apontados (todos como visitante) e, caso único no campeonato e até nas cinco principais ligas europeias, nenhum foi na sequência de lances de bola corrida (conforme quadro à parte).
Um treinador com desafios pela frente
O que, tendo em vista os 810 minutos de competição decorridos — sempre são 13 horas e meia de futebol, fora os períodos de compensação (e só na partida em Guimarães foram 16 os minutos concedidos pelo árbitro!) — será mesmo um caso de estudo… e de extrema preocupação para o italiano Cristiano Bacci, treinador chegado ao Bessa em junho e que não liderava uma equipa técnica desde que saiu do Olhanense em 2016, tendo sido adjunto nas últimas sete temporadas (PAOK, Al Hilal e Udinese).
«Logo na primeira jornada, em Rio Maior, frente ao Casa Pia, surgiu o único triunfo das panteras, com Miguel Reisinho a converter uma grande penalidade. No empate na Reboleira (5.ª jornada), Onyemaechi marcou através de um longo lançamento de linha lateral de Rodrigo Abascal e Vukotic faria o segundo dos axadrezados na sequência de um livre lateral de Filipe Ferreira. Finalmente, em Guimarães, novo empate a dois golos, com Reisinho a saltar do banco para transformar dois penáltis (o último ao minuto 90+15') que selaram a igualdade.»