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Cristiano Bacci, o treinador italiano que chegou ao Boavista no início da temporada
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Estilo de jogo direto e pragmático
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Mantém o Boavista na luta pelos primeiros lugares da Liga
O treinador italiano que chegou ao Boavista
Cristiano Bacci, o treinador italiano que chegou ao Boavista no início da temporada, tem sido uma das grandes surpresas deste arranque de campeonato. Com um estilo de jogo direto e pragmático, o técnico de 52 anos tem conseguido manter o Boavista na luta pelos primeiros lugares da Liga, apesar das enormes dificuldades financeiras e da escassez de jogadores que o clube enfrenta.
""Bacci. Na belíssima língua italiana, beijos. No plural. Muitos, imensos, satisfatórios. Apaziguadores"", escreve o autor do texto, referindo-se aos gestos de afeto do treinador para com os adeptos do Boavista. ""Imagem feliz, ainda que platónica. Da boca de Cristiano, treinador e condutor de homens, sai a respiração assistida fundamental para a sobrevivência desportiva do Boavista.""
O estilo de jogo e a ligação com os adeptos
Com uma ""face fechada, circunspecta, alérgica a sorrisos desnecessários"" e ""palavras diretas, simples, objetivas"", Bacci tem conseguido transmitir a sua ""eficácia made in Italy"" à equipa. ""Um exemplar utilitário, um Fiat mais do que confiável"", descreve o autor.
Apesar das adversidades, como a perda de dois guarda-redes no mesmo dia, a lesão do médio Reisinho ou a impossibilidade de inscrever os dois únicos reforços, Bacci tem recorrido às ""ferramentas óbvias: a formação axadrezada, a ligação aos adeptos, o peso do emblema, a responsabilidade histórica"".
Com cinco pontos em cinco jogos, o Boavista tem tido alguma ""sensação de injustiça"", com derrotas por margem mínima e empates que poderiam ter sido vitórias. ""Cristiano Bacci, o meu treinador favorito neste arranque de Liga"", escreve o autor, que não o vê como ""fazedor de milagres"", mas sim como ""um tipo a sério, um durão, um allenatore a fazer lembrar os dourados 80's da Serie A italiana"".
Apesar das dificuldades, Bacci tem conseguido dar oportunidades a jovens da formação, como o guarda-redes Tomé Sousa, de 17 anos, o defesa Pedro Gomes, o lateral Gonçalo Almeida, os médios Joel Silva e Marco Ribeiro, e os avançados Tiago Machado e João Barros. ""Há vida no Boavista, apesar dos disparates criminosos de gestões passadas"", conclui o autor.