O presidente da SAD do Portimonense, Rodiney Sampaio, voltou a pronunciar-se sobre alegadas ilegalidades no processo de inscrição do Boavista para a próxima época da Liga Bwin.
Sampaio afirmou que, caso o clube axadrezado «consigam licenciar-se, principalmente, com acordo com a Segurança Social, Autoridade Tributária e com Processos Especiais de Revitalização (PER), será um tiro em cada cidadão português e também nos cidadãos estrangeiros cumpridores, pois são inadmissíveis acordos que lesam milhões de portugueses e outros e que dão uma má imagem ao sistema tributário de Portugal, beneficiando o incumpridor».
Dúvidas sobre o licenciamento do Boavista
O dirigente do Portimonense deixou claro que considera «Impossível licenciar por vias normais» o Boavista, questionando: «Não somos todos cegos, ou mentimos todos e deixamos a bola rolar?».
Relativamente ao presidente da Liga, Pedro Proença, Rodiney Sampaio afirmou conhecer «a seriedade da Liga e do sr. presidente Pedro Proença», mas reconheceu que «a Liga também não consiga fazer nada quanto a documentação e certidões da Segurança Social, Autoridade Tributária e revisores oficiais de contas autenticando... Chegam na plataforma de licenciamento sem dívidas e com acordos que nem a Liga sabe como foram feitos. E tão pouco é a Liga que tem de checar, isso cabe às autoridades tributárias, Ministério Público e Polícia Judiciária, etc..».
Pedido de transparência
Sobre possíveis acordos entre o Boavista e as entidades estatais, Rodiney Sampaio vincou que «se existirem acordos, têm que vir a público».
«Todos temos o direito de saber como foram feitos e quem os fez. Todos os clubes devem ter os mesmos direitos. Na lista de credores da Autoridade Tributária, o Boavista é um dos maiores, tendo uma dívida acima dos 5 milhões de euros e milhares de credores, suponho que as contas do Boavista estejam bloqueadas e penhoradas», acrescentou.
Desigualdade no campeonato
O empresário brasileiro apontou ainda diversas «injustiças à volta desta temática», considerando «inaceitável que um clube tenha dívidas de milhares de euros e pague, apenas, 400 euros. É uma luta desigual. É impossível vencer, num campeonato tão desigual, onde uns pagam tudo e outros não pagam nada».
Rodiney Sampaio recordou ainda que «na época passada, o Boavista também teve diversos problemas, inclusive, foi impedido pela FIFA de inscrever jogadores devido a vários processos interpostos por antigos jogadores. A Liga quer, novamente, arriscar que um clube a meio do campeonato seja, impedido de inscrever jogadores? É esta a imagem que a Liga, quer passar?».