Ricardo Paiva, de 43 anos, será oficializado na manhã desta sexta-feira como treinador do Boavista até ao final da temporada. Aproveitando a conferência de antevisão ao jogo com o Gil Vicente, em Barcelos, Vítor Murta acompanhará o técnico na sala de Imprensa para anunciar uma escolha definitiva para o leme da equipa, num momento sensível da pantera, já que o plantel continua sem poder ser reforçado e o grupo vem de um período difícil de resultados na I Liga, num desgaste que levou à saída de Petit, nome que era incontestado no Bessa.
Munido do seu extraordinária conhecimento interno, de uma ligação já longa com o Boavista, assumindo diversos cargos na formação, especialmente o de coordenador da área nos últimos sete anos, Ricardo Paiva aceitou o desafio de tentar estancar a crise de resultados e serenar as tropas. Para já, conseguiu um empate importantíssimo diante do V. Guimarães, até porque o golo que rendeu um ponto surgiu já no período de compensação.
Ricardo Paiva é o portador maior da esperança axadrezada a partir de agora, o homem que terá uma tarefa delicada, uma missão tão apetecível quanto hercúlea, porque a realidade boavisteira apresenta outros tormentos, que também entram pelo balneário.
Em 84 jogos ao comando dos juniores na 1ª Divisão Nacional, ao longo de quatro épocas, conciliando as funções com as de coordenador da formação, Ricardo Paiva somou 30 vitórias, 21 empates e 33 derrotas.
Com uma equipa técnica por conhecer na plenitude, algo previsto para esta sexta-feira, sabe-se que Jorge Couto será o maior aliado de Paiva, pois é quem carrega a patente de IV Nível, necessária para surgir o seu nome na ficha como treinador. Quanto ao técnico principal, há que reter que é alguém com lastro, que acompanhou Sérgio Conceição em todas as etapas portuguesas, antes de ir para França, casos de Olhanense, onde trabalhou com Bracali, Académica, Braga e V. Guimarães. Por força disso, há um reconhecimento de experiência e bagagem no ataque às dificuldades.