As críticas à arbitragem voltaram a ser tema de debate aceso no futebol português, especialmente após o recente jogo entre o Benfica e o Casa Pia, que terminou com um empate 2-2. António Silva, central das águias, não hesitou em expressar o seu descontentamento. “Este fim de semana ficou claro o que se passa no nosso futebol. O que o protocolo diz é que se a bola vai ao braço por ressalto não é falta. Não percebo como é que o árbitro marca penálti. Acho que este fim de semana ficou bem claro que a arbitragem está muito condicionada,”
disse Silva numa flash interview após a partida.
A referida partida foi marcada por uma grande penalidade controversa que resultou num golo do Casa Pia, um momento fortemente contestado pelo Benfica, que logo depois viu o seu diretor-geral, Mário Branco, envolvido em outro incidente.
Incidente com Mário Branco
Na sequência do polémico encontro, Mário Branco foi expulso por palavras dirigidas ao árbitro, Gustavo Correia. Segundo o relatório do árbitro, Branco terá proferido insultos e ameaças durante o percurso entre o relvado e os balneários. O árbitro relatou que ele disse: “Honra as insígnias que tens ao peito, és uma vergonha do c******! Vou rebentar contigo e com o João Bento que era o VAR!”
Este clima de tensão aumentou ainda mais quando o diretor-geral continuou a insultar a equipa de arbitragem, afirmando: “Podes ter a certeza que eu vou-te rebentar todo, olha o que eu te digo! Vou-te rebentar a ti e ao João Bento! Não vales m**** nenhuma, nem tu nem ele! Palhaços do c******, é uma vergonha, o que nos fizeram hoje aqui foi uma vergonha.”
Descontentamento generalizado
Esses incidentes não são isolados, mas refletem uma atmosfera crescente de descontentamento em torno das decisões de arbitragem e do clima no futebol português. O caso de António Silva e a expulsão de Mário Branco sublinham uma preocupação maior que se estende a outros jogos e equipas, levando a um questionamento sobre a integridade e a eficácia das arbitragens em competições de alto nível.
A crítica à arbitragem não é uma novidade, mas eventos recentes realçam a urgência de se abordar este problema. A pressão sobre os árbitros aumenta a cada jogo, e a tolerância por parte dos clubes e adeptos parece estar a diminuir.
Questões legais fora de campo
Enquanto isso, as tensões podem ser ainda mais exacerbadas se jogadores como Andreas Schjelderup, do Benfica, forem afetados por questões legais fora de campo. Recentemente, Schjelderup enfrentou complicações devido a um processo relacionado à partilha de material impróprio, o que poderia impactar a sua participação no próximo Mundial nos Estados Unidos.
O advogado dinamarquês Martin Dahlgaard comentou sobre a situação, observando que o tipo de crime que Schjelderup enfrenta é considerado muito, muito grave
e que a situação poderia complicar a sua entrada no país. O advogado afirmou: “Se não tiver visto, provavelmente será recusado na embaixada e, nesse caso, dependerá de uma exceção à regra do Departamento de Segurança Interna.”
Um ambiente volátil
Esses desafios fora de campo podem adicionar ainda mais pressão a um ambiente já volátil e complicado dentro do futebol português, onde cada decisão, carreira e vida estão em constante avaliação e crise. A situação exige atenção imediata e soluções eficazes para restaurar a confiança na arbitragem e no funcionamento das competições.
Como o futebol português navega por estes tempos turbulentos, a esperança é que se encontrem soluções que garantam um ambiente mais justo para todos os envolvidos, desde jogadores e clubes até adeptos e árbitros.