Apesar da derrota por 2-0 frente ao Arsenal na Liga dos Campeões feminina, o Benfica mereceu rasgados elogios do seu treinador, Ivan Baptista. O técnico encarnado não escondeu a satisfação com a postura da equipa, que colocou a campeã europeia em sérias dificuldades ao longo da partida.
Num jogo onde o favoritismo pendia claramente para o lado do Arsenal, as ‘águias’ demonstraram garra e organização, vendendo cara a derrota e mantendo o resultado incerto até perto do apito final. A performance da equipa, encarada como um sinal positivo para o futuro, foi o mote para a análise de Ivan Baptista no final do encontro.
Elogios à Performance da Equipa
Em conferência de imprensa, Ivan Baptista expressou o seu contentamento com a exibição da equipa: “Ficou aos olhos de toda a gente que disputámos o jogo com a campeã da Europa até ao último lance.” O treinador benfiquista fez questão de realçar o nível de dificuldade imposto ao adversário: “Não é normal fazer com que a campeã da Europa perca tempo até bem tarde no jogo, como fez.”
Baptista também destacou a manutenção da identidade de jogo, mesmo contra um adversário de grande calibre: “Foi decidido em detalhes e conseguimos manter a personalidade. Tiramos coisas positivas no orgulho de conseguir jogar cara a cara contra uma potência mundial e algumas das melhores jogadoras do mundo, não nos subjugando a defender.”
Análise ao Contexto e Esforço
O técnico reconheceu as dificuldades sentidas na construção de jogo, face à pressão do Arsenal: “Ainda que tenhamos tentado sair apoiado sempre que possível, o Arsenal é muito forte na reação à perda e nem sempre nos permitiu sair com clarividência. Não podemos esquecer contra quem estávamos a jogar, até pela forma como valorizamos o nosso futebol em Portugal.”
Para Ivan Baptista, a análise ao desempenho da equipa deve ter em conta o contexto e o esforço demonstrado pelas jogadoras: “Depois do que o Benfica fez contra o campeão europeu até ao último minuto, dizer que seria melhor outro tipo de estratégia é minimizar o trabalho que foi feito pelas jogadoras, que jogaram contra as melhores do mundo com salários 40 ou 50 vezes superiores ao delas. Fazer esse tipo de análise deixa-me triste, pois deveria fazer-se uma valorização totalmente diferente do espetáculo que se viu. O Benfica não tinha favoritismo algum e fez o campeão da Europa perder tempo até bem tarde” – rematou Ivan Baptista.