Luís Filipe Vieira fez declarações contundentes sobre a influência de certos grupos nas Assembleias Gerais do Benfica, apontando para a manipulação e controle por parte dos candidatos João Noronha Lopes e João Diogo Manteigas. Vieira declarou: ““Aquela pequena maioria, que tem origem no Servir Benfica, está na génese das candidaturas de João Noronha Lopes e João Diogo Manteigas. Foi um autêntico ataque terrorista aquilo que se passou ontem. As pessoas querem dominar o Benfica pelas AG's. Estas Assembleias têm sido manobradas””
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A tensão aumentou quando Vieira acusou Manteigas e Noronha Lopes de orquestrarem uma série de eventos que culminaram em perturbações nas Assembleias. Ele mencionou que: ““Incentivaram um determinado candidato que, quando eu fosse falar, abandonassem a sala. Os radicais estão de um lado e outro. Querem passar para fora que uma minoria controla e são a opinião dos sócios, são uma minoria ruidosa que não conta””
. Essa acusação de manipulação se estendeu às sondagens realizadas nos estádios, onde Vieira afirmou: ““Eles conseguem mobilizar grupos de benfiquistas. É tudo fabricado. São fabricadas””
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Tensões nas Assembleias Gerais
Em resposta às críticas, João Diogo Manteigas defendeu-se, afirmando: ““Não lidero movimentos, vou às assembleias gerais. Tive o gosto e a lisura de acompanhar o Doutor Mayer a uma AG, tinha medo que se enganasse na porta””
. Manteigas continuou, desmentindo qualquer responsabilidade pelos incidentes, afirmando: ““Não fui eu que organizei, não tenho responsabilidade nem direta nem indireta””
. Ele ressaltou que o que ocorreu na Assembleia não deveria manchar a imagem do clube: ““Quando um sócio tem o direito à palavra, os outros têm o direito de não querer ouvir””
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Além disso, Manteigas não se mostrou arrependido dos eventos, afirmando: ““Não lamento os sócios que se levantaram para não ouvir. É um direito””
. Ele também abordou os incidentes que ocorreram durante a Assembleia, onde Vieira foi assobiado e muitos adeptos abandonaram o local. Manteigas comentou: ““Mais de dois terços saiu, alguns deles foram para fora””
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Divisões entre os Sócios
As situações nas Assembleias Gerais do Benfica refletiram tensões internas e divisões entre os sócios, alimentadas por acusações de manipulação e controle de narrativas. Em um momento onde Vieira previu um futuro conturbado para o clube, ele declarou: ““Os novos estatutos vão tornar o Benfica ingovernável. Foi aprovado por uma minoria, cerca de 8 mil””
. Neste contexto, os adeptos se vêem no meio de um embate de poder, onde a verdadeira voz da maioria poderia ser ofuscada por ações de um grupo seleto.
Essas acusações e o clima de descontentamento nas Assembleias Gerais levantam uma questão importante sobre a participação dos sócios nas decisões do clube. A defesa de Manteigas de que a manifestação de opiniões é um direito fundamental reflete a polarização que existe entre os adeptos e a direção do clube.
Apelo à Participação
O clamor por uma participação mais ativa nas decisões do Benfica é um reflexo da insatisfação de muitos sócios. À medida que as Assembleias se tornam um palco de conflito, a pressão aumenta sobre a direção do clube para endereçar as preocupações dos seus sócios e garantir que todas as vozes sejam ouvidas.
O futuro do Benfica, portanto, poderá depender da capacidade de unir os diversos grupos de adeptos e encontrar um caminho que promova a inclusão e a transparência nas decisões. A esperança é que, através do diálogo e do respeito mútuo, o clube possa superar estas divisões e voltar a ser uma fonte de orgulho para todos os seus sócios.