As eleições para a presidência do Benfica, agendadas para 25 de outubro, intensificam-se com exigências de fiscalização. João Noronha Lopes, candidato da lista Benfica Acima de Tudo, pressionou a direção e a Mesa da Assembleia Geral (MAG), apresentando propostas para assegurar “um processo eleitoral absolutamente imparcial, rigoroso e transparente”. A crescente procura por transparência marca este período eleitoral no clube.
Entre as medidas propostas por Noronha Lopes, a identificação assume um papel central, defendendo a identificação obrigatória com documento oficial, algo que considera fundamental para a credibilidade do processo. A contagem de votos e a prevenção de falhas técnicas são outros pontos cruciais nas suas propostas.
Propostas de João Noronha Lopes
Noronha Lopes propõe que a contagem dos votos seja realizada “em cada secção perante delegados”, garantindo, assim, maior fiscalização e transparência. Para prevenir falhas técnicas, sugere “a impressão física dos cadernos eleitorais”, permitindo auditorias posteriores e evitando problemas com o sistema. O candidato também aborda a logística do processo, defendendo “regras claras sobre a recolha, lacre, transporte e guarda das urnas”.
Noronha Lopes adverte para as consequências de não se debaterem as propostas apresentadas: “Caso o Dr. Pereira da Costa [presidente da MAG] persista em impedir a discussão e votação destas propostas, estará a violar os Estatutos, a lei e o dever de isenção, assumindo sozinho a responsabilidade de empurrar os sócios para um dilema inaceitável”. O gestor alerta que uma recusa em debater as alterações seria “ilegal, antidemocrática e contrária ao espírito do Sport Lisboa e Benfica”, manchando irremediavelmente o ato eleitoral.
Resposta da Mesa da Assembleia Geral
Em resposta aos anseios por transparência, a Mesa da Assembleia Geral do Benfica divulgou o regulamento eleitoral, revelando que o processo terá “secções de voto em todos os distritos do país, nas regiões autónomas e até no estrangeiro”. No total, serão 108 secções de voto: 80 em Portugal continental, três nas regiões autónomas e 25 no estrangeiro.
O processo eleitoral contará com a auditoria da Multicert, “empresa do grupo SIBS, responsável pela validação e pela baixa dos votantes no caderno eleitoral central”. Cada secção de voto terá delegados de todas as listas candidatas, que “poderão acompanhar não só a votação como também a contagem”. O clube estima a participação de cerca de três mil pessoas diretamente envolvidas na logística de cada volta.