O Benfica Campus, o centro de treinos do clube no Seixal, celebra 19 anos desde a sua inauguração a 22 de setembro de 2006. Este marco é significativo não apenas pela longevidade, mas também pela transformação na abordagem do clube em relação à formação de jogadores. Esta infraestrutura tem sido o berço de inúmeros talentos que se destacaram na equipa principal, incluindo nomes como João Félix, Rúben Dias e João Neves. No entanto, a análise do percurso das promessas encarnadas revela uma realidade mais complexa.
Desde a abertura do Benfica Campus, 66 jogadores estrearam-se na equipa principal, muitos dos quais vieram da formação júnior. Apesar do sucesso de algumas estrelas, vários outros, como Branimir Kalaica e Clésio Baúque, caíram no esquecimento após apenas um jogo. O primeiro jogador made in Seixal
que conquistou notoriedade foi Miguel Vítor, cuja trajetória mostra que o sucesso não é garantido.
Desafios na Formação
Nos últimos anos, especialmente com o regresso de Jorge Jesus ao comando técnico, o Benfica aumentou o investimento em contratações. Esta estratégia levanta questões sobre a valorização dos jovens talentos formados no Seixal. Embora as intenções de investimento na formação sejam evidentes, a ascensão de novos talentos na equipa principal tem sido modesta. Presentemente, poucos jogadores emergem com potencial claro de se tornarem pilares da equipa a curto ou médio prazo.
Entretanto, casos excepcionais como o de João Neves têm alimentado esperanças. Enquanto a qualidade da formação se mantém, a necessidade de alinhar os objetivos de curto e longo prazo é cada vez mais crítica para o futuro do clube. Os adeptos aguardam a emergência de novos talentos que possam fazer história no futebol encarnado.
Futuro da Formação Encarnada
Com 19 anos de Benfica Campus, a filosofia de formação continua a ser um dos pilares do clube. A mensagem recente do clube nas redes sociais, onde afirmou que ““É aqui que nasce a Mística””
, reflete uma crença na continuidade de uma das suas tradições mais queridas. Enquanto se celebra este aniversário, o futuro da formação encarnada parece incerto, mas o desejo de ver mais talentos, como João Neves, brilhar é algo que permanece no imaginário dos adeptos.
É crucial para o Benfica encontrar o equilíbrio entre a formação de jovens talentos e as contratações no mercado, para que possa continuar a ser um dos grandes do futebol português e europeu. A busca por este equilíbrio será determinante para garantir a continuidade do legado de formação que o clube preconiza.
