Mourinho regressa ao Benfica: O que isso significa?

  1. Mourinho regressou ao Benfica 25 anos depois
  2. "O próximo vai ter de pagar"
  3. Mourinho não está aqui apenas para ganhar
  4. Manifesta uma capacidade de unir adeptos

Nos últimos meses, muitos foram os que disseram que José Mourinho precisava de parar um momento, respirar fundo e olhar para trás. Era considerado urgente reencontrar-se com o special one interior, aquele que é coberto de charme e magnetismo, que fala do eu, eu, eu, e mesmo assim o mundo escuta. As insinuações eram claras: precisava de voltar a ser o que era antes. Mas a verdade é que Mourinho nunca volta ao que já foi. Na pior das hipóteses, ele passa pelo que já foi e vai mais longe. Mais fundo. Mais alto. E no seu mais recente capítulo, voltou ao Benfica, 25 anos depois, o que nos leva a questionar o que este regresso realmente significa.

Mourinho regressou ao Benfica como só ele sabe regressar: não como quem pede desculpa, mas como quem avisa. E se há coisa que ele faz bem, é avisar. Lembram-se daquela vez que, pelo FC Porto, perdeu a Supertaça Europeia frente ao AC Milan? Chegou ao Aeroporto Sá Carneiro, colocou o ar de zangado e nem esperou que os jornalistas lhe fizessem perguntas. “O próximo vai ter de pagar”, atirou. “Não quero saber, o próximo vai ter de pagar.” O próximo era o Sporting e, sim, pagou: saiu goleado do Estádio das Antas.

O Aviso de Mourinho

E já agora, lembram-se de quando, na caminhada para a final da Taça UEFA, em Sevilha, o FC Porto perdeu em casa por 1-0 com o Olympiakos? Logo após o fim, Mourinho saiu disparado em direção ao treinador Sergio Markarían para lhe dizer que não festejasse já, porque ainda havia a segunda mão. A verdade é que o FC Porto foi a Atenas ganhar 2-0. Se há algo que esses momentos nos ensinam é que Mourinho não está aqui apenas para ganhar, mas também para comunicar uma mensagem.

É isto que ele faz. Mais do que ganhar finais, chatear a cabeça a Arsène Wenger ou provocar adversários, José Mourinho sabe avisar. Com a mesma naturalidade com que transforma um empate aborrecido numa tese sobre identidade, sofrimento e blocos baixos. Agora, algo neste regresso de Mourinho deve preocupar os adversários e não tem nada a ver com basculações, primeira e segunda fases de construção ou pressão alta. Esqueçam, Mourinho não é isso. Este Mourinho já não é isso.

A Arte Performativa

O que realmente devia assustar os adeptos é uma arte performativa: é o teatro, aquele controlo de narrativa, a pulsão violenta. É a capacidade de trazer os adeptos todos para o mesmo parágrafo de fé, fogo e vontade. De unir a gente em torno de uma paixão arrebatadora. Mourinho é um manipulador. Ardiloso, astuto e calculista. Estratega e persuasivo. É um influencer anterior aos smartphones.

Por isso, é amado pelos adeptos. Mesmo quando não vence tanto como se esperava, e aconteceu, por exemplo, em Roma ou em Manchester, os adeptos estão com ele. Respeitam-no. Defendem-no. Porquê? Porque ele consegue unir as bancadas e devolver-lhes a esperança. E não há melhor sensação do que acordar com a esperança a bater no peito.

O Impacto no Benfica

Conseguem imaginar o Benfica unido em torno de um homem, de uma ideia, de um sonho? Aquele Benfica que é um caldeirão a ferver? Um clube em permanente autodestruição, com uma granada pronta a explodir nas mãos? Conseguem imaginar a força que não será quando encontrar alguém que o consiga reconciliar numa paixão?

Pois é, Mourinho voltou, sim. Não para repetir o passado, mas para se vingar dele. Como que a dizer: “A história? Fui eu que a escrevi.” Sintam-se avisados.

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