As eleições do Benfica, previstas para outubro de 2025, estão a gerar discussões acaloradas entre os candidatos, principalmente em torno da proposta de regulamento eleitoral. Martim Mayer, um dos candidatos, elogiou a proposta da Mesa da Assembleia Geral, afirmando que é “de louvar o propósito construtivo e democrático da MAG neste processo”. Mayer destacou também a importância do voto eletrónico, mencionando que “a preocupação que se infere desta proposta de regulamento de implementar uma solução de voto eletrónico que facilite e promova os votos de todos os sócios que se encontram fora do território de Portugal continental”.
No entanto, a reação ao voto eletrónico não foi unânime. O movimento Servir o Benfica criticou a proposta, alegando que “viola frontalmente os novos estatutos do clube e a vontade dos sócios expressa nos mesmos”. O grupo deixou claro que, caso sua candidatura à Mesa da Assembleia Geral seja bem-sucedida, “o respeito pelos estatutos e pela vontade dos sócios jamais voltará a estar sujeita a caprichos e interesses de qualquer Direção do clube”. Para eles, é fundamental garantir a privacidade do voto e a integridade do ato eleitoral.
Críticas à Proposta de Voto Eletrónico
João Diogo Manteigas, outro candidato, também expressou descontentamento, referindo-se à proposta do regulamento eleitoral como “um mau serviço ao clube”. Ele lamentou que a BTV, o canal de televisão do clube, não cumpra suas obrigações, adicionando que os sócios merecem “uma democracia viva”.
Noronha Lopes, por sua vez, fez uma crítica contundente ao voto eletrónico. Ele frisou que “os novos estatutos, aprovados pelos sócios, não prevêem o voto eletrónico como regra” e que tal método só pode ser adotado com o consenso de todos os candidatos. Lopes propôs a instalação de urnas em todo o país e no estrangeiro, argumentando que os sócios esperam isso e que é o que os estatutos exigem.
Exigência de Eleições Transparentes
Ao encerrar suas observações, Lopes destacou a importância de garantir que todos os sócios possam participar: “o Benfica precisa de eleições justas, transparentes, fiáveis e acessíveis ao maior número possível de sócios”. Com a reunião agendada para debater estas preocupações, a tensão entre as várias frentes em busca da presidência do clube só tende a aumentar.