Num jogo emotivo que terminou com a vitória do Benfica sobre o Alverca por 2-1, as análises dos treinadores focaram-se na arbitragem, nas estratégias e no desempenho dos jogadores. Custódio Castro e Bruno Lage não hesitaram em partilhar as suas perspetivas sobre o confronto.
O Alverca-Benfica ficará marcado pelas declarações dos protagonistas, num duelo que espelhou a intensidade do futebol português e a paixão que o envolve.
Análise de Custódio Castro
O treinador do Alverca, Custódio Castro, começou por enaltecer a postura da sua equipa: “Temos uma forma de trabalhar, não abdicamos dela e abordámos o jogo de forma séria, como sempre, de forma profissional. Foi um bom jogo de futebol”.
Custódio Castro não deixou de expressar a sua insatisfação em relação à arbitragem: “Um ou outro erro de arbitragem. Sinto isso, não quero entrar por aí, mas temos de ver aquela situação de interferência no primeiro golo, mas faz parte, também têm direito a errar. Acho é que podemos olhar um bocadinho mais para o que é o VAR e este tipo de lances com mais um bocadinho de atenção”.
O técnico do Alverca concluiu, agradecendo o apoio: “É muito importante e não sei se fica por aqui, ainda há um dia de mercado, a verdade é que é importante. O Alverca também precisa de tempo. E parabéns a esta moldura humana, a cidade merecia, toda a gente merecia e parabéns a quem preparou estas infraestruturas, a direção tem feito um trabalho enorme para que o Alverca tenha cada vez mais condições de primeira Liga”.
A Crença do Alverca na Reviravolta
Custódio Castro destacou a crença da sua equipa em inverter o resultado: “Nós acreditámos sempre que era possível fazer qualquer coisa, o Benfica não tinha sofrido golos, mas dissemos que íamos tentar marcar e isso aconteceu. Não era uma derrota que esperávamos e é um facto que, quando ficámos 11 contra dez, carregámos, fizemos algumas alterações táticas. Fizemos um golo, penso que podíamos ter feito mais um”.
A Visão de Bruno Lage
Bruno Lage, treinador do Benfica, dividiu o jogo em duas partes distintas: “Duas partes distintas. Com onze fomos claramente a melhor equipa em campo. Fizemos uma primeira parte tranquila, fomos gerindo o jogo da maneira que entendemos. Marcámos dois golos, tivemos uma entrada muito boa na segunda parte. O Andreas (Schjelderup) teve mais uma grande oportunidade de golo. A seguir à expulsão, o jogo mudou. Fizemos 12 faltas, levámos seis cartões amarelos. O Dedic fez três faltas e levou dois amarelos”.
O técnico encarnado realçou a capacidade da sua equipa em lidar com a adversidade: “O que retiro desta partida é que enquanto estava 11 contra 11 fomos claramente a melhor equipa em campo. Esta é uma equipa de guerreiros. Já fizemos este trabalho quando jogámos contra 10 frente ao Fenerbahçe, o de fechar a baliza num jogo em que não havia necessidade de o fazer. O jogo estava tranquilo. A forma como o Dedic levou o segundo amarelo, não havia essa necessidade”.
Elogios a Samuel Soares
Lage elogiou o guarda-redes Samuel Soares: “Samu (Soares) está num grande momento de forma. O Trubin é o número um, mas o Samu joga assim que o entendermos estrategicamente. O Tomás foi uma opção estratégica que correu bem. E não jogámos apenas com um homem na frente”.
Desvalorização da Pausa Competitiva
Bruno Lage desvalorizou a importância da paragem competitiva: “Não vai ter grande importância. Vários jogadores vão chegar na quarta-feira e nós vamos ter jogo na sexta-feira (seguinte)”.