Martim Mayer critica centralização dos direitos televisivos no futebol português

  1. Martim Mayer é candidato à presidência do Benfica
  2. 40% das receitas do clube em risco
  3. Investidor estratégico é fundamental
  4. Liga Portuguesa ignora lições internacionais

A centralização dos direitos televisivos no futebol português tem gerado intensos debates e preocupações entre adeptos e dirigentes. Martim Mayer, candidato à presidência do Sport Lisboa e Benfica, partilhou recentemente a sua visão crítica sobre o tema, sublinhando a necessidade de um investidor estratégico. Mayer afirma que “a decisão sobre a centralização dos direitos televisivos só faz sentido se o objetivo final for a valorização do Produto Futebol Português.”

O candidato critica a abordagem da Liga, que, segundo ele, tenta negociar os direitos sem qualquer investimento. Mayer enfatiza: “a Liga centralização pretende negociar os direitos televisivos sem investimento e tornando-se instantaneamente num especialista na matéria. Como se isso fosse possível!” Para ele, essa falta de visão estratégica pode resultar em consequências desastrosas: “se assim for, o resultado só pode ser mau e esta oportunidade para o futebol português sairá fracassada.”

Preocupações com o Futuro do Futebol Português

Mayer aponta uma preocupação ainda maior: “teremos 17 clubes a hipotecar o futuro do futebol português em troca de um encaixe financeiro que será feito à conta de um só clube: o Benfica. E isso é inadmissível.” As suas palavras destacam a urgência de um direcionamento claro e eficaz para o futuro do futebol nacional.

Invocando exemplos internacionais, Mayer ressalta que tanto na Liga espanhola como na Liga francesa, a entrada de um investidor institucional foi crucial para o sucesso. “Em ambos os casos houve a entrada de um investidor institucional que garantiu capacidade de investimento para melhorar o produto televisivo e também o posicionamento estratégico de quem já está bem implementado nos canais de venda do produto.” No entanto, Mayer critica a Liga Portuguesa por aparentemente ignorar estas lições: “misteriosamente a Liga Centralização insiste em ignorar esta via. Por que será?”

A Situação Precarious do Benfica

Com uma análise crítica, Mayer alerta para a precariedade da situação do clube. “É para mim inaceitável deixar que este processo progrida, e se a atual direção do Benfica se mantiver com este grau de passividade, o prejuízo para o clube será gigantesco.” Ele enfatiza que “o Benfica tem a obrigação de denunciar esta situação e de o fazer sem reservas.” Mayer destaca que as implicações financeiras são profundas, colocando em risco cerca de “40% das receitas do clube.”

A pressão sobre a direção atual, sob a liderança de Rui Costa, é evidente. Mayer convoca todos os sócios do clube a unirem forças: “esta é a solução que proponho e apelo a todos os Sócios para que juntos façamos a pressão necessária para garantir a defesa dos interesses do Benfica.”

A Importância do Investidor Estratégico

Mayer encerra a sua reflexão com uma observação poderosa: “neste processo de centralização dos direitos televisivos, não há meio termo: ou paga o investidor estratégico ou paga o Benfica.” As suas declarações evidenciam que a discussão em torno da centralização dos direitos televisivos vai além de uma mera questão financeira; é uma questão crucial que pode moldar o futuro do futebol em Portugal.

As palavras de Martim Mayer não apenas lançam um alerta, mas também convocam o Benfica a agir. O clube não pode permitir-se a permanecer passivo numa questão de tal importância, uma vez que as decisões tomadas agora influenciarão o panorama do futebol português por muitos anos vindouros.

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