Na sua recente entrevista ao Sportinforma, Cristóvão Carvalho apresentou uma visão clara sobre o futuro do Benfica, caso vença as eleições em outubro. Ele enfatizou que um dos pilares do seu projeto será a sustentabilidade financeira do clube, afirmando: ““Primeiro temos de ter sustentabilidade financeira. O Benfica não pode continuar a ter uma dívida do tamanho que tem, pagar uns juros descontroláveis e depois não capitalizar em resultados desportivos.””
Esta declaração revela a gravidade da situação financeira do Benfica, uma preocupação que Carvalho considera ser um problema a ser solucionado antes de qualquer avanço no desempenho desportivo.
Carvalho criticou a atual gestão, alegando que ““o Benfica está claramente a entrar numa derrapagem financeira perigosíssima e há uma ausência de resultados desportivos.””
Ele referiu que, sob a liderança de Rui Costa, a dívida do clube duplicou, passando de 100 milhões para 200 milhões de euros apenas em dívida bancária. Carvalho não poupou críticas ao que considera erros na gestão das receitas e na estratégia dos direitos televisivos, sublinhando que ““é uma loucura. É de quem não conhece as contas. O Benfica está claramente em perigo.””
Críticas à Gestão Atual
O candidato também fez questão de distinguir entre o benfiquismo do atual presidente e a sua capacidade de liderança: ““O Rui Costa - e é importante fazer esta divisão, as duas partes que têm de ser divididas - tem uma paixão enorme pelo clube e é muito boa pessoa. Isso é inquestionável. Mas... ele não consegue sequer agregar pessoas à sua volta””
, assinalou Carvalho. Esta crítica sugere uma relação tensa entre a diretoria atual e a comunidade benfiquista, e Carvalho acredita que as direções precisam de um líder que possa unir o clube em torno de um objetivo comum.
Na sua visão, o Benfica deveria ser ““esmagador a nível interno””
e a médio prazo almejar conquistar um título europeu em um período de dez anos. Ele sublinhou: ““O meu projeto é um projeto europeu. Montar uma equipa europeia. Porque o Benfica em Portugal tem de ser esmagador, face à grandeza do clube. Em Portugal nós temos de ganhar três títulos em cada quatro.””
Uma Nova Visão para o Clube
Com um enfoque audacioso, Carvalho planeia realizar avaliações periódicas do seu desempenho a cada quatro anos. Segundo ele, ““os sócios decidem se eu estou a fazer bem ou se eu estou a fazer mal. Qualquer projeto que se venda no Benfica tem de ser um projeto de 12 anos.””
A sua abordagem contrasta com os projetos mais curtos apresentados por outros candidatos, que Carvalho considera inadequados para o tamanho e a história do Benfica.
Em particular, Carvalho não deixou passar a gestão de Rui Costa sem críticas severas. Ele comparou a atual situação do clube a um navio afundando, declarando: ““Quando uma coisa é demasiadamente grande, temos armas para que ela se consiga elevar... se não o soubermos fazer, esse peso e essa dimensão vão parecer com o Titanic, e afunda a uma velocidade louca.””
O Futuro do Benfica
À medida que o calendário se aproxima das eleições, Carvalho expressou uma determinação inabalável de que o Benfica não apenas recuperará, mas também se estabelecerá como uma força dominante no futebol europeu, afirmando: ““Eu estarei lá e, daqui a dez anos, vejo o Benfica campeão europeu. Não tenho dúvidas nenhumas disso.””
Esta confiança pode ser um farol para muitos adeptos, que veem uma luz no fim do túnel, mesmo que a caminhada até lá seja repleta de desafios.