Cristóvão Carvalho apresenta projeto ambicioso para o Benfica

  1. Sustentabilidade financeira é prioridade
  2. Dívida do Benfica duplicou para 200 milhões
  3. Carvalho critica gestão de Rui Costa
  4. Benfica deve conquistar três títulos em quatro

Na sua recente entrevista ao Sportinforma, Cristóvão Carvalho apresentou uma visão clara sobre o futuro do Benfica, caso vença as eleições em outubro. Ele enfatizou que um dos pilares do seu projeto será a sustentabilidade financeira do clube, afirmando: ““Primeiro temos de ter sustentabilidade financeira. O Benfica não pode continuar a ter uma dívida do tamanho que tem, pagar uns juros descontroláveis e depois não capitalizar em resultados desportivos.”” Esta declaração revela a gravidade da situação financeira do Benfica, uma preocupação que Carvalho considera ser um problema a ser solucionado antes de qualquer avanço no desempenho desportivo.

Carvalho criticou a atual gestão, alegando que ““o Benfica está claramente a entrar numa derrapagem financeira perigosíssima e há uma ausência de resultados desportivos.”” Ele referiu que, sob a liderança de Rui Costa, a dívida do clube duplicou, passando de 100 milhões para 200 milhões de euros apenas em dívida bancária. Carvalho não poupou críticas ao que considera erros na gestão das receitas e na estratégia dos direitos televisivos, sublinhando que ““é uma loucura. É de quem não conhece as contas. O Benfica está claramente em perigo.””

Críticas à Gestão Atual

O candidato também fez questão de distinguir entre o benfiquismo do atual presidente e a sua capacidade de liderança: ““O Rui Costa - e é importante fazer esta divisão, as duas partes que têm de ser divididas - tem uma paixão enorme pelo clube e é muito boa pessoa. Isso é inquestionável. Mas... ele não consegue sequer agregar pessoas à sua volta””, assinalou Carvalho. Esta crítica sugere uma relação tensa entre a diretoria atual e a comunidade benfiquista, e Carvalho acredita que as direções precisam de um líder que possa unir o clube em torno de um objetivo comum.

Na sua visão, o Benfica deveria ser ““esmagador a nível interno”” e a médio prazo almejar conquistar um título europeu em um período de dez anos. Ele sublinhou: ““O meu projeto é um projeto europeu. Montar uma equipa europeia. Porque o Benfica em Portugal tem de ser esmagador, face à grandeza do clube. Em Portugal nós temos de ganhar três títulos em cada quatro.””

Uma Nova Visão para o Clube

Com um enfoque audacioso, Carvalho planeia realizar avaliações periódicas do seu desempenho a cada quatro anos. Segundo ele, ““os sócios decidem se eu estou a fazer bem ou se eu estou a fazer mal. Qualquer projeto que se venda no Benfica tem de ser um projeto de 12 anos.”” A sua abordagem contrasta com os projetos mais curtos apresentados por outros candidatos, que Carvalho considera inadequados para o tamanho e a história do Benfica.

Em particular, Carvalho não deixou passar a gestão de Rui Costa sem críticas severas. Ele comparou a atual situação do clube a um navio afundando, declarando: ““Quando uma coisa é demasiadamente grande, temos armas para que ela se consiga elevar... se não o soubermos fazer, esse peso e essa dimensão vão parecer com o Titanic, e afunda a uma velocidade louca.””

O Futuro do Benfica

À medida que o calendário se aproxima das eleições, Carvalho expressou uma determinação inabalável de que o Benfica não apenas recuperará, mas também se estabelecerá como uma força dominante no futebol europeu, afirmando: ““Eu estarei lá e, daqui a dez anos, vejo o Benfica campeão europeu. Não tenho dúvidas nenhumas disso.”” Esta confiança pode ser um farol para muitos adeptos, que veem uma luz no fim do túnel, mesmo que a caminhada até lá seja repleta de desafios.