Martim Borges Coutinho Mayer, candidato assumido às eleições para a presidência do Benfica, que estão agendadas para o próximo dia 25 de outubro, manifestou a sua frustração em relação à atual gestão do clube liderada por Rui Costa. Em artigo de opinião publicado nas plataformas oficiais da lista 'Benfica Puro Sangue', afirmou: ““Está na hora de dar um murro na mesa. Basta! O Benfica tem de voltar a ser gerido com visão, ambição, responsabilidade, competência e decência.””

Mayer argumenta que a falta de planeamento levou a uma gestão errática da equipa. Neste contexto, fez uma comparação com clubes como o Barcelona, Bayern de Munique e Liverpool, que conseguiram regressar ao topo após períodos sem vitórias. Ele referiu: ““O que têm em comum os títulos recentes de clubes como Barcelona, Bayern de Munique ou Liverpool? Todos regressaram ao topo dos seus campeonatos depois de uma época sem vitórias. Sem pânico. Sem revoluções. Esses gigantes responderam com estabilidade. Com inteligência. Com uma visão clara. Ajustaram, sim, mas não destruíram a identidade das suas equipas. Mantiveram o núcleo duro. Renovaram com critério. O nosso Sport Lisboa e Benfica, infelizmente, tem feito o oposto.””

Situação Alarmante do Plantel

O candidato alertou ainda para a situação alarmante do plantel, que ainda se encontra em indefinições e mudanças. ““A poucas semanas de disputar a Supertaça e os jogos decisivos de acesso à Liga dos Campeões — que valem dezenas de milhões de euros —, o plantel está ainda em aberto, em mudança constante, com indefinições por resolver. Nos últimos três anos, sob esta direção, o Benfica comprou 29 jogadores e vendeu 45. Quarenta e cinco! Um número que só pode chocar mesmo quem ainda acredita que há uma estratégia coerente por trás deste padrão.””

Para Mayer, a instabilidade do plantel é um sinal claro de que a gestão atual não está a funcionar. Ele apela por uma abordagem mais estruturada em relação à política desportiva do clube, que permita uma recuperação eficaz e alinhada aos objetivos de longo prazo.

Proposta de Cinco Pilares

Mayer propõe cinco pilares fundamentais para restabelecer a estabilidade no clube: ““Estabilidade no plantel, reduzindo o número de entradas e saídas; Renovação bem planeada, protegendo os ativos e evitando perdas desnecessárias; Formação com impacto real, alimentando a equipa principal com talento que sente o clube; Investimento sério nas infraestruturas, para potenciar rendimento e património; Controlo rigoroso dos fluxos financeiros, com planeamento de médio e longo prazo.””

Estes pilares, segundo Mayer, são essenciais para garantir que o Benfica não apenas recupere a sua posição no futebol português, mas também se firme como um clube respeitado e competitivo a nível europeu. A implementação destas estratégias deverá ocorrer de forma gradual e bem planeada, evitando decisões impulsivas que possam comprometer o futuro da instituição.

Análise Comparativa e Conclusão

Mayer realiza uma análise comparativa, afirmando: ““Numa análise aos ciclos 2016–2021 e 2021–2025, e estabelecendo uma comparação com os nossos rivais, encontramos uma tendência clara: quem faz menos transações, ganha mais. Não vence quem contrata mais. Vence quem contrata melhor. O Benfica não precisa de promessas ocas, nem de experiências amadoras. Precisa de um projeto sólido, com gente profissionalmente preparada, já com provas dadas.””

Para concluir, Mayer ressalta a importância de uma gestão responsável e ambiciosa, afirmando: ““Crescer com ambição, agir com responsabilidade”” não é um slogan. É uma fronteira: de um lado, o presente instável. Do outro, o futuro que queremos construir. Este é o caminho que proponho.