Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica, não poupou críticas na sua mais recente intervenção pública. Acusou Luís Filipe Vieira de estar “a usar o clube da Luz de forma vergonhosa”, afirmando que o atual presidente arrasta o Benfica “numa novela pessoal, feita de silêncios calculados, insinuações e bastidores”. Esta prestação, considerada por Carvalho como “inaceitável”, reflete uma frustração crescente entre os benfiquistas que exigem clareza e transparência.
O candidato acusou Vieira de não ter coragem para se assumir e de ser incapaz de apresentar um verdadeiro projeto: “Não tem coragem para se assumir. Não tem projeto, não tem ideias, não tem propostas. Tem medo. Medo de ir a eleições. Medo de ser confrontado. Medo de deixar de existir fora do Benfica. E por isso, cola-se ao clube como sempre fez: para sobreviver.”
Críticas à Gestão de Vieira
Este descontentamento não é recente, e Carvalho observou que Vieira, com a forma como lida com as suas obrigações, está a desvirtuar a imagem do clube: “Está a transformar o Benfica num trampolim pessoal. Num palco mediático para alimentar um ego sem limites. E sem apresentar nada.” A crítica é ainda mais intensa pois, segundo Carvalho, Vieira tem atacado outros candidatos sem conhecer seus programas, algo que considera completamente desonesto.
Um dos pontos mais controversos na crítica de Carvalho foi a questão da falta de ideias claras e propostas concretas por parte de Vieira. “Ser vago, falar sem dizer nada, fugir aos debates e à clarificação é uma afronta à inteligência dos benfiquistas. É desprezar os sócios. Quem se esconde atrás do tabu, tem medo. Quem tem medo, não serve para liderar o Benfica,” disse Carvalho, ressaltando a importância da transparência e do respeito pelos associados do clube.
O Papel de Cristóvão Carvalho
Em um momento culminante da sua crítica, Carvalho declarou: “É também por isso que sou candidato. Porque isto tem de acabar. Comigo, não há zonas cinzentas. Há verdade, há transparência, há confronto de ideias. Há coragem para assumir tudo — o bom e o mau. E há respeito absoluto pelos sócios. Se continuar a esconder-se, então deve ser tratado como o que é neste momento: irrelevante. O Benfica não é bengala de ninguém. O Benfica não é vaidade de ninguém. O Benfica é futuro — e o futuro não pode ser dirigido por quem vive agarrado ao passado,” concluiu o candidato, incitando os benfiquistas a refletirem sobre o futuro do clube.
As eleições do Benfica estão agendadas para 25 de outubro, e a intensidade das críticas de Carvalho aumentam a expectativa em torno do resultado do sufrágio. Os sócios do clube encontram-se, assim, em um momento decisivo que poderá moldar o futuro da instituição.