Martim Mayer discute futuro do Benfica em entrevista

  1. Martim Mayer é candidato à presidência do Benfica
  2. Entrevista dada à CMTV
  3. Sérgio Conceição excluído como opção
  4. Responsabilidade institucional do clube é crucial

Martim Mayer, candidato às eleições para a presidência do Benfica, deu uma entrevista à CMTV, esta quarta-feira, e destacou várias questões cruciais para o futuro do clube. Começou por falar sobre a situação atual da equipa técnica e a possibilidade de mudanças, referindo que “qualquer treinador que venha para o Benfica arrisca-se a ser campeão.” No entanto, quando questionado sobre Sérgio Conceição, excluiu a sua contratação, afirmando que “excluo, porque ele não tem a identidade do Benfica, ponto final.”

Mayer abordou também a relação do Benfica com os rivais, Sporting e FC Porto. Sobre esta questão, sublinhou a importância da responsabilidade institucional do clube, afirmando que “o Benfica tem uma responsabilidade institucional muito grande, fico triste, tem de haver elevação, profunda consciência de quem estamos a representar e temos de estar sempre à altura disso.”

Situação Atual da Equipa Técnica

No que diz respeito à presença do presidente do Benfica nas questões institucionais, esclareceu que “o presidente do Benfica tem de representar o universo benfiquista.” Além disso, comentou sobre a centralização dos direitos televisivos, que, segundo ele, é um tema que necessita de uma abordagem forte por parte do clube: “se o Benfica tiver os sócios com a Direção, o peso institucional é incontornável, o Benfica tem de mandar, decidir e arrastar consigo o resto dos clubes. Tem todas as condições para fazê-lo, é preciso saber fazer e liderar.”

Mayer também tocou na culpa que a atual direção pode ter na situação do clube: “há claramente um fim de ciclo, que tem de ser aproveitado para que o clube tenha um futuro diferente. É possível fazer muito melhor. O Benfica tem de recuperar a sua identidade. As pessoas têm de rever-se na Direção, que não é dona do clube. O clube aburguesou-se, isso tem de mudar. A Direção é emissária dos sócios.”

Visão para o Futuro do Clube

Ele, que se considera um benfiquista de gema, enfatizou ainda seu vínculo familiar com um ex-presidente do clube, declarando que “espero que tenha o peso certo. O meu avô foi um grande exemplo para mim, está longe de ser ultrapassado, pelo contrário. A forma como geriu o clube é um exemplo que sigo, acima disso, obviamente, competência.”

Ao discutir o foco da sua candidatura, destacou: “completamente focado na minha candidatura e na minha proposta, em trabalhar com a minha equipa. Temos pontos de diferenciação estruturais às que conheço até agora, vamos seguir o caminho até ao fim e apresentar a eleições o que pretendemos fazer.”

Coordenação e Gestão do Projeto Desportivo

Assim, Mayer acredita que a nova gestão deve ser coordenada de maneira eficiente, afirmando que “é preciso haver muito maior coordenação do projeto desportivo. Organizar com base no diretor-geral que coordene futebol profissional, scouting e formação. Não deve haver pressão eleitoralista, não vou ceder. A reputação do meu avô está em causa.”

Concluindo a sua visão, enfatizou que “a partir de hoje, Benfica no sangue é o mote. O Benfica tem um potencial por realizar colossal.” Assim, Martim Mayer não só traça o seu perfil como candidato, mas também apresenta uma visão clara e crítica sobre a atual situação do Benfica e o caminho que pretende trilhar.