Os últimos acontecimentos no Benfica têm colocado o clube numa encruzilhada crítica. Na recente Assembleia-Geral ordinária, realizada no Pavilhão da Luz, os associados mostraram o seu descontentamento ao chumbarem o orçamento para a temporada 2025/26, com 73,8% dos 1.056 votantes a manifestarem-se contra. Esta decisão não só reflete uma rejeição a um documento financeiro, mas simboliza um chamado à união e à reflexão sobre o futuro do clube.
César Boaventura, uma figura conhecida entre os associados, utilizou as redes sociais para comentar a situação. “O Benfica é dos Sócios. Sempre foi. Sempre será. Hoje vivemos um momento marcante na história do nosso clube: o orçamento para 2025/26 foi chumbado por 73,8% dos votos. Um número expressivo, inédito, e que deve ser lido com serenidade e responsabilidade”, afirmou Boaventura, sublinhando a importância de ouvir os sócios e refletir sobre o papel da administração atual.
Apelo à União e Reflexão
Continuando, César Boaventura afirmou: “Não se trata de atacar direções, nem de levantar divisões. Trata-se de escutar. Escutar os sócios. Escutar os sinais. Escutar a alma do Benfica. Quando quase 3 em cada 4 votantes dizem 'não', não é só a um documento. É a um sentimento de afastamento, de descontentamento, de ausência de participação.” Estas palavras ressoam profundamente, indicando que há mais em jogo do que apenas números e orçamentos. Existe um apelo claro por parte dos benfiquistas por uma liderança que se preocupe em representar a voz dos seus sócios.
Além disso, o ex-candidato à presidência do clube, Nuno Lobo, fez uma intervenção marcante durante a Assembleia. Ele pediu a Rui Costa que “não cortasse as pernas ao Benfica”. A sua referência à necessidade de uma liderança que respeite e ouça os sócios reforça o sentimento colectivo existente entre os associados que clamam por mudanças dentro da estrutura diretiva.
Uma Mensagem de Esperança
César Boaventura concluiu a sua mensagem com uma nota de esperança e um apelo à responsabilidade: “Não é tempo de radicalismos. É tempo de reflexão. O Benfica não é de uma direção, nem de um Presidente. O Benfica é dos seus sócios. Da sua história. Da sua exigência. E acima de tudo, do seu futuro.”
Com estas declarações, fica claro que o Benfica enfrenta um momento decisivo, onde as vozes dos sócios precisam ser ouvidas e consideradas na condução do clube. O futuro do Benfica poderá depender da capacidade da atual administração em responder a este chamado à união e à reflexão.