Candidatura de Diogo Manteigas à presidência do Benfica

  1. Diogo Manteigas pede mais participação dos sócios
  2. Assembleia Geral marcada para sábado
  3. Fernando Mendes critica Rui Costa
  4. Noronha Lopes pode beliscar Rui Costa

A recente candidatura de Diogo Manteigas à presidência do Benfica traz à tona a necessidade de maior participação dos sócios no processo eleitoral. Manteigas defende que ““Precisamos que seja convocada a assembleia geral extraordinária para aprovar o regulamento eleitoral. Embora o mesmo tenha de ser apresentado pela Direção, desejamos que esta e a Mesa da abram a discussão a todos os associados para termos um documento o mais consensual possível.”” Essa declaração reflete a aspiração por um regulamento que represente a vontade da base associativa encarnada.

A pressão crescente sobre a atual direcção, liderada por Rui Costa, intensificou-se à medida que se aproxima a Assembleia Geral marcada para este sábado. Fernando Mendes, antigo jogador e comentador desportivo, salientou que ““só um pode beliscar Rui Costa”” numa assembleia caracterizada por um agitado debate sobre o orçamento e a situação do clube. Com a presença dos quatro candidatos, as expectativas estão altas, especialmente após os descontentamentos dos sócios devido aos resultados na I Liga e na Taça de Portugal.

A situação de Rui Costa

Mendes clarifica a situação do presidente: ““Rui Costa nunca tinha sido presidente. Foi quase 'obrigado' a ser presidente do Benfica, depois daquela situação do Luís Filipe Vieira.”” A falta de experiência de Costa levanta questões sobre sua capacidade de gerir a pressão da actual situação. Mendes expressa que, embora Rui Costa ““cometeu erros, claro, mas ele faz as coisas para que estas corram bem, mas, infelizmente para o Rui Costa e para os benfiquistas, as coisas não estão a correr como ele esperava.””

A contestação à presidência de Rui Costa é evidente. Mendes observa que ““acima de tudo, um presidente, quando é novo ou não tem o traquejo suficiente para ser presidente, tem de se rodear de pessoas excelentes de várias funções.”” A falta de estrutura sólida e de apoio pode estar a pesar sobre a gestão do clube. Mendes critica a continuidade de pessoas da presidência anterior, apontando que ““acometeu um erro, que foi não ter colocado uma equipa nova, com as pessoas que ele queria, para romper um pouco com o passado na direção do clube.””

A Assembleia Geral como divisor de águas

A acesa discussão da Assembleia Geral poderia servir como um divisor de águas. Mendes recorda que, ““no futebol, tudo o que conta são resultados. Se o Benfica começar bem a época, logo com os jogos das pré-eliminatórias da Liga dos Campeões e no campeonato, isso muda logo tudo.”” Assim, o desempenho da equipa na próxima época será um ponto crucial para o futuro de Rui Costa como presidente.

Por fim, Mendes articulou que ““só Noronha Lopes pode vir a beliscar uma possível recandidatura de Rui Costa. Mas não será por esta contestação que Rui Costa não se irá recandidatar.”” As assembleias estão se tornando mais do que apenas discussões administrativas—elas são um reflexo da tensão e expectativa que cercam a gestão do clube, especialmente em tempos de pressão dos sócios e resultados insatisfatórios.

Um novo rumo para o Benfica

A Assembleia Geral deste sábado promete ser um campo de batalha. A necessidade de um novo rumo na gestão do clube é inegável, e a voz dos sócios pode muito bem ser a chave para o futuro do Benfica nesta nova fase.