Com o aproximar das eleições para a presidência do Benfica, figuras importantes começam a expressar a sua visão sobre o futuro do clube. José Manuel Capristano, ex-dirigente do clube, fez um apelo direto ao futuro líder: ““Tem de se colocar o Benfica no lugar que merece. Não tem de ser beneficiado nem prejudicado, e sendo o Benfica a maior entidade desportiva em todos os âmbitos, o Benfica tem de se pôr no seu lugar.”” Esta afirmação reflete um sentimento crescente entre os adeptos de que o clube está a ser prejudicado, especialmente em questões de arbitragem. Capristano critica a inação do clube perante as injustiças, afirmando que ““o Benfica estar a ser prejudicado e nós estarmos a ver, de braços cruzados e não fazer nada, é péssimo.””

Aliás, ele argumenta que o clube deve adotar uma postura mais ativa: ““Temos de reagir, e não é ir com conversas, é levar vídeos que englobem as irregularidades, que são muitas, é isso que o Benfica deve fazer!”” O histórico dirigente sublinhou a gravidade da situação, citando incidentes na final da Taça de Portugal: ““Está um jogador no chão, é agredido nas costas e depois pisado na cabeça e não passa nada? Por amor de Deus... Não é por ser benfiquista, mas é escandaloso.””

A política de transferências e a abordagem do clube

No que toca à política de transferências do clube, Capristano não hesitou em criticar a abordagem atual: ““Ninguém percebe mais de futebol do que o Rui Costa... Agora, o principal problema é... a última palavra das aquisições tem de ser do presidente.”” Ele destaca a necessidade de envolver mais jogadores da liga portuguesa nas transferências, ao invés de recorrer a jogadores estrangeiros. ““Há tantos jogadores que singram nos clubes grandes vindos de clubes pequenos. E raramente eu vejo o Benfica a adotar este sistema,”” apontou.

A questão da necessidade de uma abordagem diferente ao scouting e às aquisições de jogadores é acompanhada pelo desejo dos adeptos de ver antigos ídolos de volta. O nome de João Félix surge nesse contexto. Capristano afirma: ““Não há nenhum benfiquista que não queira ver novamente o João Félix a jogar pelo Benfica, ainda por cima, com apenas 25 anos.”” Apesar das dificuldades financeiras que podem existir, ele acredita que a contratação deve ser considerada.

A união entre os grandes do futebol português

Por outro lado, o ambiente de rivalidade no futebol português é outro tema recorrente. Após eventos recentes, Capristano comentou sobre a necessidade de união entre os três grandes: ““O futebol português precisa da união dos três grandes. De todos, mas dos três grandes principalmente.”” Ele afirmou que os clubes não devem hesitar em reconhecer quando são beneficiados ou prejudicados: ““Eu defendo a tese de que, se somos prejudicados, temos que ir reclamar.””

A escolha de novos líderes no clube será crucial para a definição de políticas e posturas em relação ao rival Sporting, bem como em termos de novos projetos para o time. João Noronha Lopes, que recentemente lançou a sua candidatura à presidência, também recebeu apoio de Rui Pinto, criador do Football Leaks, que descreveu Lopes como ““uma verdadeira lufada de ar fresco.””

A expectativa dos adeptos e o futuro do Benfica

As eleições estão previstas para outubro e esperam-se debates acesos sobre o futuro do clube, refletindo as diferentes visões de liderança no seio da comunidade benfiquista. À medida que os adeptos esperam por mudanças significativas, fica evidente que o caminho à frente envolverá decisões estratégicas que determinarão os rumos do Benfica nos próximos anos.