O Benfica faltou à reunião do grupo de trabalho da Liga Centralização, mas o presidente da Liga Portugal, Reinaldo Teixeira, garantiu que o clube encarnado tem tido uma participação construtiva no processo. Apesar da ausência na discussão do grupo de trabalho, que conta com sete clubes, Teixeira minimizou o impacto, sublinhando o empenho contínuo do Benfica na centralização dos direitos audiovisuais.
A ausência surge na sequência das críticas do Benfica à arbitragem de Luís Godinho na final da Taça de Portugal, levando o clube a suspender a participação nos grupos de trabalho da Liga Centralização. No entanto, Reinaldo Teixeira assegura que o Benfica continua a colaborar no processo de centralização.
A Ausência na Reunião
O clube da Luz, habitualmente representado por José Gandarez, não participou na discussão do grupo de trabalho, que conta com sete clubes. Além do Benfica, fazem parte deste grupo de trabalho Sporting, FC Porto, Braga e Casa Pia, do primeiro escalão, assim como Chaves e Paços de Ferreira, do segundo escalão.
Na sequência das críticas que dirigiu ao trabalho da arbitragem de Luís Godinho na final da Taça de Portugal, o Benfica decidiu não marcar presença na reunião do grupo de trabalho, formado por sete clubes, cinco da I Liga e dois da II Liga.
A Posição do Benfica
Recorde-se que o Benfica colocou-se à margem deste processo, conforme comunicou na passada segunda-feira, em desagrado com a arbitragem na final da Taça de Portugal. Nesse comunicado, o Benfica afirmava ter “suspendido a participação nos grupos de trabalho da Liga Centralização” ao mesmo tempo que solicitava ao Governo uma “audiência com caráter de urgência, informando-o de que, neste momento, não estão reunidas as condições para avançar com este processo.”
A Garantia de Reinaldo Teixeira
No entanto, Reinaldo Teixeira encerrou o primeiro dia do Congresso da ANDIF (Associação Nacional de Dirigentes de Futebol, Futsal e Futebol de Praia), a ocorrer, esta sexta-feira, no Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos, e revelou que a centralização dos direitos audiovisuais está a ser negociada com o apoio de “todos os clubes, incluindo o Benfica.”
“Não vai ser por falta de coragem que as coisas irão acontecer, porque podermos partilhar as ideias e os nossos princípios com as várias sociedades desportivas é sempre bom. Devo dizer o seguinte, que é claro: nenhuma sociedade desportiva, até hoje, mostrou dificuldade e vontade de abortar a centralização”, atirou o líder da organização que gere as competições profissionais do futebol português, passando a explicar a questão dos encarnados: “Nem o Benfica, que disse em comunicado que não fazia parte do grupo de trabalho, dificultou a transição ou mostrou-se indisponível para ajudar. Desde que estou em funções na Liga Portugal, já participou na reunião, antes, e teve um comportamento construtivo. Todas as sociedades desportivas, posso dizer, como o FC Porto, o Vitória, o Sp. Braga ou o Famalicão, nunca dificultaram.”
O Futuro da Centralização
Reinaldo Teixeira avisou que haverá sempre um espaço para discussão e pode tornar-se, em determinados aspetos, “numa disputa”. “Cria-se opinião e claro, há quem queira mais disto, menos disto, mas há colaboração. É a vida, não tem de haver unanimidade. O processo de centralização tem um princípio. Pensar que em 2020 até 2026, houve um início, e será implementado a partir da época 2028/29”, revelou, salientando que o negócio é “uma vertente que segue em crescendo” e exemplificando com a bebida do moderador do painel: “Isto aplica-se à venda e à compra. É como a sua garrafinha de água. Se a vender sozinha, o preço é mais alto. Se todos quisermos uma garrafa de água, logicamente, o preço terá de ser mais baixo.”