Nuno Catarino, vice-presidente da SAD do clube da Luz, expressou a posição do Benfica sobre a recusa em acolher jogos da seleção nacional no Estádio da Luz. Em declarações durante a 3.ª Conferência Bola Branca, ele afirmou: “É uma forma de fazer um alerta. Não fechamos as portas à seleção nacional. Os nossos jogadores continuam a ir, mas achamos que merecemos mais respeito das instituições do futebol nacional.” Esta declaração surge na sequência da polémica arbitragem que marcou a recente final da Taça de Portugal.
O dirigente do Benfica foi claro ao comunicar que “é com essas instituições que temos de interagir”. Ele sublinhou a indisponibilidade do clube para receber a seleção neste momento, reiterando que mudanças são necessárias: “Vamos esperar até que existam algumas mudanças. Nós temos coragem, do lado do Benfica, não sei se há coragem dos outros lados.”
Criticas à Arbitragem
Catarino também abordou o comunicado emitido após a final da Taça, onde a equipa de arbitragem e o VAR foram severamente criticados. Ele apontou: “A equipa de arbitragem falhou como um todo, principalmente o árbitro principal, e falhou o VAR, de uma forma totalmente inexplicável.” Foi mencionado ainda que todos tiveram acesso a um vídeo do lance que gerou controvérsia, onde Matheus Reis pisou a cabeça de Belotti. “São só 33 câmaras a analisar o lance,” comentou ele ironicamente, questionando a eficácia do VAR.
Ao ser questionado sobre a necessidade de responsabilidade, afirmou: “Quando acontecem coisas inexplicáveis, os responsáveis têm de se explicar. Têm de ser divulgadas as notas dos árbitros e os áudios, como pedimos no comunicado.”
Denúncia pelo Lances Violentos
Dando continuação à polémica, o Benfica formalizou uma participação contra Maxi Araújo e Matheus Reis, referindo que o árbitro não incluiu o lance violento no relatório. Em comunicado, o clube reiterou que a gravidade da situação não pode ser ignorada e que está a pedir ao Conselho de Disciplina uma penalização adequada. O Benfica insiste: “O clube considera ainda 'grave' que o mesmo lance não conste no relatório do árbitro.”
A situação tornou-se mais intensa com a divulgação de um vídeo em que um jogador do Sporting fez uma alusão explícita ao pisão de Belotti durante os festejos. O Benfica não hesitou em fazer um apelo à justiça desportiva, estabelecendo que medidas disciplinares são necessárias. A participação formalizada menciona um pedido de suspensão de um a dez jogos, dependendo da avaliação feita pelo Conselho de Disciplina.
Mediação pela Liga
A Liga também se pronunciou, com o presidente Reinaldo Teixeira disponibilizando-se para mediar a situação e encontrar um consenso entre as partes envolvidas. Ele declarou: “Cabe-nos ouvir e tentar melhorar o caminho para conseguir um conjunto e, sem polémicas, evitando as mesmas, entender as posições de cada um.” Reinaldo Teixeira referiu ainda que é essencial ouvir todas as sociedades desportivas para resolver as discordâncias e que a sua intenção é encontrar um entendimento, afirmando: “No que sempre falaram comigo em particular, sempre ouvi uma linguagem construtiva.”
Durante este período conturbado, Nuno Catarino deixou claro o que pretende do futebol português: “Queremos o melhor para o futebol português e, como tal, têm de haver alterações.” A vontade do Benfica é clara: um respeito e consideração que, segundo o clube, têm faltado nas interações com as instituições do futebol.
Próximos Passos e Futuro das Relações
Os próximos passos de ambas as partes serão cruciais para determinar o futuro das relações entre o Benfica e as entidades que governam o futebol nacional, enquanto a busca pela verdade desportiva continua a ser uma pauta essencial para a integridade do desporto em Portugal.
