O Sport Lisboa e Benfica emitiu recentemente um comunicado oficial onde apresenta uma série de medidas destinadas a restaurar a “verdade desportiva” no futebol português. Esta declaração surge na sequência de acontecimentos graves que marcaram a final da Taça de Portugal e as últimas jornadas da I Liga, especialmente após a derrota do Benfica frente ao Sporting por 3-1, em prolongamento, resultado que gerou descontentamento entre os adeptos encarnados.
A direção do clube, liderada por Rui Costa, não hesitou em criticar a atuação da arbitragem, apontando especificamente para a condução do jogo pelo árbitro Luís Godinho e a intervenção do VAR, que, segundo o Benfica, desvirtuou a justiça desportiva. Neste contexto, o clube delineou um conjunto de medidas que visam responsabilizar aqueles que, na sua opinião, falharam na condução da partida.
Medidas Disciplinares e Responsabilização
No comunicado, o Benfica anunciou que irá participar disciplinarmente contra a equipa de arbitragem que esteve envolvida na final da Taça de Portugal. Esta participação incluirá o árbitro Luís Godinho e seus assistentes, assim como os jogadores Matheus Reis e Maxi Araújo, por agressões a Andrea Belotti. Este primeiro passo reflete a intenção do clube de responsabilizar todos os agentes envolvidos na partida.
A segunda medida realça a necessidade de responsabilizar aqueles que legitimamente participaram no jogo. O Benfica sublinha que a identificação e responsabilização dos erros é essencial para a credibilidade do futebol em Portugal e para o restabelecimento da confiança no sistema de arbitragem vigente.
Transparência e Revisão do Protocolo VAR
O terceiro ponto do comunicado destaca a exigência do Benfica pela divulgação dos áudios entre o árbitro e o VAR durante a final. Essa transparência é considerada crucial para restaurar a confiança no processo de tomada de decisões dos árbitros. Sem essa clareza, o clube teme que a desconfiança continue a minar a integridade do futebol nacional.
A quarta medida inclui uma exposição formal à FIFA, à UEFA e ao IFAB, visando contestar a aplicação do protocolo VAR, que o clube considera inadequado. O Benfica argumenta que esta aplicação comprometeu a verdade desportiva nas competições e solicita uma revisão urgente deste sistema.
Propostas ao Governo e ao Conselho de Arbitragem
Além das medidas mencionadas, o Benfica também exige uma posição pública do recém-eleito Conselho de Arbitragem, esperando que este órgão apresente medidas concretas para melhorar a atuação dos árbitros em jogos futuros. O clube pretende que haja um compromisso claro em relação à qualidade das decisões arbitrárias, que são fundamentais para o desenvolvimento do jogo.
Por fim, o Benfica anuncia que irá suspender a sua participação nos grupos de trabalho da Liga de Centralização e solicitará uma audiência urgente com o Governo Português para discutir a grave situação que considera uma crise institucional. A última medida, e talvez a mais drástica, é a decisão de não acolher mais jogos da Seleção Nacional no Estádio da Luz enquanto a verdade desportiva não for garantida nas competições nacionais.