Na sequência da recente derrota na Taça de Portugal, o Movimento Servir o Benfica emitiu um comunicado devastador, questionando se Rui Costa possui as condições necessárias para continuar à frente do clube. “O Benfica não é isto. E Rui Costa (há muito) já não serve. O que se passa no Lisboa e Benfica há muito deixou de ser apenas má gestão. É desnorte. É capitulação. É uma traição aos valores que fizeram do Lisboa e Benfica uma referência no desporto mundial.” A insatisfação com a liderança de Costa é palpável, e o movimento acusa-o de prometer muito e entregar pouco: “Prometeu um mandato desportivo. Entregou um vazio. Prometeu exigência. Entregou desculpas. Prometeu devolver o Benfica aos benfiquistas. Entregou o clube ao silêncio, à resignação e à subserviência. O Benfica perdeu em campo e nos pavilhões. Perdeu nas bancadas. Perdeu espaço na Liga.”
A crítica prossegue, com o Movimento Servir o Benfica a salientar as falhas da atual liderança: “A arbitragem erra contra o Benfica e nada se diz. Ou apenas quando tudo já se encontra hipotecado. As instituições desportivas escolhem novos líderes e o presidente Rui Costa apoia quem sempre prejudicou e atacou o Benfica. Os rivais estão enfraquecidos e o Benfica nada ganha.” A situação é considerada por eles como patente de uma gestão problemática: “Isto não é mera incompetência. É omissão. É cumplicidade. A cada temporada, os jogadores duram menos. Os ídolos e aqueles que poderiam carregar a mística e transmiti-la aos que chegam são empurrados para fora do clube.”
Críticas de João Gabriel
João Gabriel, ex-diretor de comunicação do Benfica, alinha-se nas críticas a Rui Costa, pressionando por ações concretas e efetivas: “Infelizmente, temo que o Benfica, mais uma vez, não faça nada. Talvez porque há pessoas na estrutura do clube que a seguir irão para a Federação. O apoio incondicional a Pedro Proença tem um preço. O Benfica já o começou a pagar.”
Gabriel menciona a urgência de medidas que o clube deve tomar para restaurar a sua identidade e credibilidade: “Divulgação urgente (até final do dia) do áudio dos lances que ditaram a anulação do segundo golo do Benfica e a agressão de Mateus Reis; Ouvir os árbitros sobre os lances, porque não pode ser apenas antes do jogo e para a fotografia numa ação de pura propaganda.”
A Voz do Clube
A frustração é evidente em ambos os comunicados, onde Gabriel recorda a importância da voz do clube nas suas interações no desporto: “Estive oito anos no Benfica, ganhei e perdi, mas o Benfica tinha voz! Quando se perde com justiça a única coisa a fazer é reconhecer o mérito do adversário, quando se perde por azar só podemos lamentar a sorte, quando se perde por erros grosseiros da arbitragem não se pode poupar nas palavras.”
O Movimento Servir o Benfica conclui com um apelo à mudança: “Está na hora de dar lugar a quem queira verdadeiramente servir o Benfica, com coragem, competência e alma. O Benfica exige mais. E merece muito mais. Viva o Benfica. Viva o Glorioso.” Críticos do estado atual do clube sublinham que é imperativo que a gestão atual ofereça soluções eficazes. A continuidade do atual presidente será um tema central nas discussões futuras, com muitos a questionar se Rui Costa tem ainda o apoio necessário para liderar o clube em tempos tão desafiantes.