Jorge Ribeiro critica política de contratações do Benfica

  1. 500 milhões de euros investidos
  2. Um título na Liga Betclic
  3. Dois anos sem ganhar no campeonato
  4. Contratação de Orkun Kökçü por 30 milhões

O antigo defesa dos encarnados, Jorge Ribeiro, levantou questões cruciais sobre a atual política de contratações do clube, destacando a necessidade de revisão das estratégias de investimento. “O Benfica necessita de corrigir uma política dispendiosa de contratações, que gerou investimentos de quase 500 milhões de euros nas últimas seis temporadas, mas só rendeu um título na Liga Betclic,” afirma Ribeiro, revelando uma insatisfação com os resultados obtidos apesar de grandes investimentos.

A análise de Ribeiro é clara e contundente: “São dois anos [sucessivos] sem ganhar nada no campeonato, que é o objetivo principal. Tem de se fazer uma reflexão na direção, até porque acho que o Benfica contrata bons jogadores, mas por valores astronómicos. Falamos de muitos milhões de euros e o clube não tem conseguido dar títulos aos adeptos.” Estas declarações vêm na sequência de uma época frustrante, onde o Benfica terminou novamente em segundo lugar, falhando o acesso direto à Liga dos Campeões.

Críticas às Contratações

Os exemplos dados por Ribeiro, como a contratação de Orkun Kökçü, que custou 30 milhões, reforçam suas inquietações: “Quando um clube contrata por bom dinheiro, esses jogadores têm de dar [rendimento], principalmente nos momentos decisivos.” Ele critica a atuação do médio em jogos importantes, indicando que “um jogador que custa aquele dinheiro tem de fazer a diferença nos momentos decisivos em clubes grandes para arrebatar troféus, mas isso não aconteceu.”

Mudanças na Estrutura Técnica

Apesar de algumas conquistas, como a vitória na Taça da Liga, Ribeiro enfatiza a necessidade de revisar a estrutura técnica após mudanças no comando. Com a saída de Roger Schmidt e a chegada de Bruno Lage, Ribeiro acredita que essa mudança possa ser positiva. “O Benfica precisava de uma mudança na altura e foi buscar um técnico que conhecia o clube e a sua estrutura. O Bruno Lage fez uma boa campanha, com bons resultados na Champions,” observa Ribeiro, esperando que o novo treinador consiga alcançar resultados positivos.

Pressão Sobre o Treinador

O diferente clima competitivo que o clube enfrenta é palpável. Ribeiro comenta sobre a pressão que recai sobre o treinador: “Sei que o Benfica é um clube exigente. Passei por lá e sei perfeitamente como é aquela casa. Exige-se sempre o título e, quando os adeptos veem que um treinador não ganha, cobram.” A contestação a Bruno Lage, mesmo após poucos jogos à frente do clube, destaca as dificuldades enfrentadas na busca pelo sucesso.

Transição e Novos Talentos

Ribeiro também menciona individualidades que têm mostrado potencial no plantel, como o defesa central Nicolás Otamendi, do qual diz ser “uma peça fundamental e um monstro de competitividade com a idade que tem.” O ex-jogador também elogia a evolução de Vangelis Pavlidis, reconhecendo que “demorou a aparecer, mas também teve a ver com a adaptação a um país e uma cultura diferentes.”

O cenário continua desafiador com a saída de jogadores influentes como Ángel Di Maria, que deixou uma marca significativa no clube, mas cuja presença na última época foi marcada por lesões. Ribeiro finaliza: “Ele deixa um legado bom e a vida segue. Também está na hora, porque há jovens com qualidade a aparecer.” Esta afirmação evidencia a transição que o clube deve realizar, apostando em novos talentos que possam trazer um novo fôlego ao projeto desportivo do Benfica.

Luís Freire: "A participação europeia tirou-nos a possibilidade de ser mais competitivos no campeonato"

  1. Luís Freire, treinador do Vitória SC, lamenta a não qualificação para as competições europeias.
  2. A participação europeia foi apontada por Freire como fator para a menor competitividade no campeonato.
  3. O Vitória SC realizou 52 jogos na época, o que causou desgaste na equipa.
  4. Freire elogiou o empenho de jogadores, staff e direção durante a época.