Miguel Moreira defende-se no julgamento do ‘Saco Azul’

  1. Miguel Moreira nega acusações
  2. Julgamento em Lisboa
  3. Pagamento à Questãoflexível
  4. Processo envolve 1,8 milhões de euros

O diretor financeiro e administrador da SAD do Benfica, Miguel Moreira, fez declarações contundentes durante o julgamento do processo ‘Saco Azul’, no Tribunal Central Criminal de Lisboa, onde negou categoricamente as acusações que lhe foram imputadas. “Obviamente que não, jamais lesaria o Benfica. Defendo a minha entidade patronal como se fosse o meu negócio, defendo-a ao máximo. É um ponto de honra, seja no Benfica ou noutra empresa”, assinalou, enfatizando a sua fidelidade à instituição que representa.

Moreira foi interrogado durante mais de três horas e confrontado com extratos bancários que supostamente indicariam irregularidades. No entanto, o administrador foi claro: “nunca recebi qualquer comissão ou participei em esquemas de lavagem de dinheiro para meu benefício”. A acusação envolve a empresa Questãoflexível, que recebeu pagamentos do Benfica, e a possibilidade de que esses valores tenham sido ilicitamente atribuídos a Moreira.

Razoabilidade nos Contratos

Em resposta a tais alegações, o ex-administrador pregou a ideia de razoabilidade nos contratos firmados. “Não há uma posição unilateral nem de uma parte, nem de outra. Nós sentávamo-nos e chegávamos a acordo. Não se podia ‘parar o comboio’, era necessário trabalhar e não era necessário pôr a colaboração em contrato. Havia razoabilidade dentro das duas posições e bom senso entre as partes”, revelou. Ele insistiu que os contratos com a Questãoflexível foram elaborados de acordo com as necessidades do Benfica, desafiando as alegações de irregularidades e defendendo a integridade da sua atuação no clube.

“Não há uma posição unilateral nem de uma parte, nem de outra. Nós sentávamo-nos e chegávamos a acordo”, destacou Moreira, sublinhando a normalidade das interações entre as partes envolvidas na prestação de serviços. Ao discutir as implicações do caso, afirmava que os pagamentos à Questãoflexível foram realizados antes da formalização de qualquer contrato como uma prática aceitável em ambientes corporativos.

Assinaturas e Documentos

Questionado sobre a natureza dos documentos associados aos pagamentos, que envolviam assinaturas de figuras de destaque no Benfica, como Luís Filipe Vieira e Domingos Soares de Oliveira, Moreira explicou que outros administradores, como Rui Costa e José Eduardo Moniz, também poderiam ter endossado tais documentos, embora a sua presença não fosse regular. Esta revelação lança luz sobre o funcionamento interno da SAD do Benfica e as dinâmicas de tomada de decisão.

À luz das evidências apresentadas e das questões levantadas, a próxima sessão do julgamento está marcada para quinta-feira, às 09:30, onde será feita uma nova avaliação dos elementos em análise com a continuação das declarações de envolvidos e investigadores.

Implicações do Julgamento

Este processo começou a ser julgado em abril e envolve não apenas Miguel Moreira, mas também outros ex-gestores do Benfica e a própria SAD, acusada de fraude fiscal qualificada e falsificação de documentos, com montantes que ultrapassam os 1,8 milhões de euros. As declarações de Moreira colocam em questão as alegações de corrupção, e o desfecho desse julgamento poderá ter implicações significativas para a gestão da instituição desportiva.

Tiago Pinto: 'Svilar era o melhor que já tinham visto'

  1. Tiago Pinto elogia Mile Svilar, guarda-redes que representou o Benfica e agora joga na Roma.
  2. Pinto destaca a pressão mediática no Benfica e na Roma como um fator que dificulta o planeamento estratégico.
  3. Svilar foi apelidado de 'Golden Boy' por Tiago Pinto no Benfica.
  4. Tiago Pinto encontra no Bournemouth a capacidade de planear a longo prazo.

Dérbi Benfica-Sporting: Encerramento de estabelecimentos gera preocupações económicas

  1. Encerramento de cerca de 60 estabelecimentos no Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII a partir das 17h00 de sábado.
  2. Jogo entre Benfica e Sporting tem início às 18h00 no Estádio da Luz.
  3. AHRESP: “Embora compreendamos a necessidade de garantir a ordem pública, não podemos deixar de assinalar o impacto económico que esta medida acarreta".
  4. Pedro Mendes Leal: a restrição “afeta toda a atividade económica na avenida".