Henrique Calisto critica escolha de treinador estrangeiro para a seleção

  1. Henrique Calisto é candidato à ANTF
  2. Críticas à escolha de Roberto Martínez
  3. Falta de formação para treinadores em Portugal
  4. Confiança mútua é essencial para o sucesso

Henrique Calisto, candidato à presidência da Associação Nacional dos Treinadores de Futebol (ANTF), criticou a decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) em apostar em Roberto Martínez para o cargo de selecionador nacional. Ao abordar a questão, Calisto destacou que “para mim não faz sentido um treinador estrangeiro à frente da seleção nacional. Posso ser polémico. Não que lhe estivesse vedado, mas todos nós sabemos que há um leque de treinadores portugueses que poderiam assumir essa função. E com vantagens em relação a um treinador estrangeiro. O treinador português é uma marca de afirmação de Portugal.” Esta afirmação sublinha a crença de Calisto na capacidade dos treinadores nacionais, que muitas vezes são preteridos em favor de opções estrangeiras.

Além de criticar a escolha de um treinador estrangeiro, Calisto também abordou as consequências das constantes mudanças de treinadores em clubes portugueses. Para ele, “se eu for despedido de uma empresa não posso trabalhar noutra? É anticonstitucional. Temos de convencer as pessoas que 90 por cento das chicotadas psicológicas não dão resultados positivos.” Com esta afirmação, Calisto levanta uma reflexão importante sobre a instabilidade e a falta de continuidade que muitas equipas enfrentam, o que é muitas vezes uma barreira ao sucesso.

Confiança mútua e estabilidade

Os treinadores não são mágicos, e Calisto enfatiza a necessidade de confiança recíproca entre profissional e entidade patronal. “Como em qualquer projeto na vida, para que de facto haja sucesso, tem de haver primeira parte, confiança bilateral entre o empregado e o empregador, que tem alguma responsabilidade de direção, e depois de ter tempo para que isso se efetue. Os treinadores não são mágicos.” Isto evoca a ideia de que, para que os clubes atinjam os melhores resultados, os treinadores precisam de um ambiente estável que lhes permita implementar a sua visão e metodologias.

Com a instabilidade dos clubes, a continuidade torna-se um desafio. Calisto argumenta que a pressão para resultados imediatos frequentemente compromete o desenvolvimento a longo prazo, prejudicando a evolução do futebol em Portugal. Ele defende que os clubes devem investir em formações e no tempo necessário para que os treinadores possam implementar as suas ideias.

Formação de treinadores em Portugal

Por outro lado, Calisto chamou a atenção para a falta de acesso à formação adequada para os treinadores. Ele mencionou que “queremos que haja mais oferta formativa. Temos um défice enorme na oferta III e IV níveis. Demora mais e é mais caro tirar um nível IV do que tirar um mestrado ou um doutoramento.” Esta falta de formação pode estar a comprometer a qualidade do futebol em Portugal, uma vez que limita o desenvolvimento de novos talentos na área do treino.

O acesso à formação é crucial para a evolução do futebol. Sem uma formação adequada, os treinadores podem não estar preparados para lidar com os desafios modernos do jogo, o que pode afetar o desempenho das equipas. Calisto defende que é imperativo criar mais oportunidades de formação para os treinadores, para que possam crescer e contribuir efetivamente para o futebol português.

Reflexão sobre o futuro do futebol nacional

Com as suas críticas, Henrique Calisto não apenas expressa a sua visão para uma melhor estrutura no futebol português como também propõe uma reflexão sobre o futuro da modalidade. Ao defender a formação de treinadores e a confiança dos clubes nos seus locais, ele sugere que o caminho para o sucesso passa por um reconhecimento do valor intrínseco dos profissionais de casa.

Calisto acredita que, se os treinadores portugueses forem valorizados e se lhes oferecerem as condições necessárias para o seu desenvolvimento, o futebol nacional poderá beneficiar de um crescimento significativo. A sua visão é clara: é necessário um compromisso não apenas com a seleção, mas também com a formação e desenvolvimento contínuo dos treinadores em Portugal, para que o futebol português possa brilhar no cenário internacional.

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