Tiago Pinto: 'Svilar era o melhor que já tinham visto'

  1. Tiago Pinto elogia Mile Svilar, guarda-redes que representou o Benfica e agora joga na Roma.
  2. Pinto destaca a pressão mediática no Benfica e na Roma como um fator que dificulta o planeamento estratégico.
  3. Svilar foi apelidado de 'Golden Boy' por Tiago Pinto no Benfica.
  4. Tiago Pinto encontra no Bournemouth a capacidade de planear a longo prazo.

Tiago Pinto, antigo diretor do Benfica e da Roma, atualmente no Bournemouth, refletiu sobre as diferenças entre os clubes onde trabalhou, e não poupou nos elogios a Mile Svilar, guarda-redes que representou o Benfica e que agora se destaca na Roma. Em entrevista, Pinto partilhou as suas perspetivas sobre planeamento estratégico, pressão mediática e o impacto das pessoas no seu percurso profissional.

O dirigente português destacou ainda Paulo Dybala e Mile Svilar como os dois jogadores que mais o impressionaram ao longo da sua carreira. As declarações foram feitas ao jornalista italiano Gianluca Di Marzio.

Diferenças entre clubes e planeamento estratégico

Tiago Pinto abordou as diferenças na abordagem à gestão e planeamento entre os clubes. “Em Inglaterra, mas especialmente no Bournemouth, redescobri a habilidade de planear mais à frente, de ter uma estratégia clara de contratações e sobre o futebol que temos de jogar. Na Roma e no Benfica, em vez disso, a pressão mediática dos adeptos e da imprensa - e no Benfica também por causa das eleições - muda o facto de quereres fazer algo em termos estratégico”, afirmou.

Elogios a Mile Svilar

Sobre Mile Svilar, Tiago Pinto teceu rasgados elogios: “Mile é um rapaz muito especial. Todos os treinadores de guarda-redes com quem ele trabalhou diziam-me sempre que ele era o melhor que já tinham visto. Todos os jogadores que jogaram com o Mile e os treinadores que o treinaram diziam o mesmo. O que o travou? Faltava-lhe o ‘clique’, porque qualquer pessoa que o visse nos treinos percebia imediatamente que aquele miúdo não era normal. Quando eu vejo defesas dele, emociono-me. No Benfica, eu chamava-lhe ‘O meu Golden Boy’. O crédito (da sua evolução) é todo dele, eu nunca tive nada a ver com isso. Para mim, era óbvio que ele se tornaria num dos melhores do mundo e foi apenas uma questão de tempo”, enalteceu o antigo dirigente.

Tiago Pinto refletiu ainda sobre o seu percurso: “Trabalho é trabalho e o Benfica e a Roma fizeram-me crescer imenso, mas o que é mais importante são as pessoas com quem trabalhei poderem dizer que sou boa pessoa. Na minha vida, quero ser lembrado dessa forma, penso que o sou”.