Durante o programa Universo Porto da Bancada, no Porto Canal, Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, expressou a sua preocupação com a demora no julgamento de casos de corrupção envolvendo o Benfica. Marques referiu-se especificamente ao julgamento de César Boaventura, acusado de suborno em benefício do Benfica, que só acontecerá em 2024, cinco anos após o caso ter sido revelado.
Marques destacou o facto de que, enquanto o julgamento não acontece, a justiça desportiva continua sem tomar medidas contra o Benfica. Ele afirmou: 'Nos entretantos, a justiça desportiva está perante a circunstância de haver alguém que vai ser julgado por suborno para benefício do Benfica e até agora não aconteceu nada. E certamente preparam-se para que nada continue a acontecer. A nossa atenção tem de estar sempre posta nestas coisas. São estas coisas que tornam tão mais difícil o trabalho do FC Porto e tão mais meritórias as vitórias das nossas equipas.'
Além disso, Marques mencionou o arquivamento do processo conhecido como caso 'Vouchers', em que o Benfica era acusado de oferecer cortesias às equipas de arbitragem. Ele questionou a decisão de arquivamento e destacou o facto de que, quando é para arquivar, os envolvidos são considerados apenas representantes do Benfica, mas quando é para acusar, não são considerados ligados ao clube.
Marques também criticou a diferença de tratamento entre a sua própria suspensão depois de fazer uma pequena crítica a um árbitro e a falta de consequências para o Benfica após casos de suborno envolvendo jogadores. Ele afirmou: 'Eu, diretor de comunicação do FC Porto, faço uma pequena crítica a um árbitro e levo não sei quantos dias de suspensão. Jogadores são subornados em nome do Benfica e não acontece nada ao clube? A Justiça portuguesa acha isto normal?'
Por fim, Marques alertou para a importância de denunciar esses comportamentos e não se distrair com a criação de inimigos internos, afirmando que os verdadeiros adversários do FC Porto estão fora do clube.