O Benfica garantiu o passaporte para a final da Taça de Portugal, goleando o Tirsense por 4-0, no jogo da segunda mão das meias-finais. A partida, que selou a passagem ao Jamor, ficou marcada pelas análises de Bruno Lage e António Silva, que perspetivaram o futuro encarnado na competição.

No rescaldo da vitória, o foco já se volta para a preparação da final, mas sem descurar os compromissos imediatos do campeonato. A ambição de conquistar a Taça de Portugal é evidente, mas a equipa mantém os pés assentes no chão, encarando cada jogo com a máxima seriedade.

Análise de Bruno Lage

Bruno Lage, em declarações à Sport TV, começou por destacar: “Tentativa de corrigir posicionamentos. Valorizar o nosso percurso, marcámos acima dos 20 golos. Chegámos com mérito ao Jamor. Sobre o jogo, é verdade que o resultado 5-0 dava conforto. Nunca tínhamos jogado de início com os dois pontas de lança, procurámos uma dinâmica diferente. Uma primera parte morna, mas uma segunda com a dinâmica pretendida. O resultado surge com naturalidade. Uma palavra para o Tirsense, fez um percurso muito bom. Marcámos quatro, é um resultado justo. Queria que a dinâmica fosse em crescendo, por isso estava mais interventivo”.

O técnico encarnado explicou ainda a aposta em algumas mexidas no onze inicial: “São muitas alterações. Queríamos gente sénior dentro de campo. O António é capitão. Temos várias alterações, mas não é uma equipa muito diferente daquela que jogou com o Santa clara. Era importante ter gente que conhece o nosso poscionamento. Começámos com 5 jogadores da formação, tivemos a oportunidade de estrear o Veloso, o outro Félix, e também dar oportunidade ao André, que joga regularmente na B. Também merecia jogar”.

Questionado sobre o significado de marcar presença no Jamor, Bruno Lage foi perentório: “Significa muito. Era um objetivo pessoal. O objetivo do clube é muito maior. Dentro de um mês temos de prepará-la para vencer. Agora o que temos que fazer é dentro de 4 dias preparar da melhor maneira o jogo com o AVS”.

Visão de António Silva

António Silva mostrou-se “muito feliz. O Benfica não ia ao Jamor há oito anos [esteve nas finais de 2019 e 2020, mas foram disputadas em Coimbra]. Vamos jogar uma final da Taça, mas para já temos um jogo importante com o AVS”, anotou, antes de abordar o clássico frente ao Sporting: “O Sporting é o nosso rival, teremos mais um jogo para disputar, mas para já o mais importante é o AVS”.

O central encarnado analisou ainda a exibição da equipa diante do Tirsense: “Mais do que o primeiro jogo, o importante era focarmo-nos no que podíamos fazer. Aproveitar ao máximo para dar minutos a quem tem jogado mais. Uma primeira parte difícil, contra uma equipa com personalidade, mas depois os golos foram aparecendo e penso que foi uma boa exibição”, sublinhou.

A Formação Encarnada em Destaque

António Silva, capitão do Benfica, não deixou de enaltecer a importância da formação do clube: “[Usar a braçadeira] Para mim é um orgulho. Foram oito anos na formação, cada jogo na primeira equipa é um orgulho. O Seixal tem jogadores recheados de talento. Entraram todos muito bem. Estão todos muito felizes no balneário”. A aposta nos jovens talentos da formação encarnada demonstra a vitalidade e o futuro promissor do clube.