Os generosos prémios que o Benfica e o FC Porto, entre outros clubes, podem receber no Mundial de Clubes, a realizar nos Estados Unidos, correm o risco de ser reduzidos devido aos impostos cobrados por alguns estados norte-americanos. A FIFA está a negociar uma isenção total destas taxas, mas as negociações são complexas e ainda não existe um acordo com todos os estados.
Ao contrário do Mundial de seleções de 2026, onde os prémios atribuídos às federações estão isentos de impostos, a situação no Mundial de Clubes apresenta contornos diferentes. Cada clube participante receberá, numa fase inicial, 15,21 milhões de dólares, com a possibilidade de arrecadar mais 2 milhões por vitória e 1 milhão por empate. Os prémios aumentam nas fases a eliminar, podendo o vencedor amealhar um total de 116 milhões de euros.
Impostos nos EUA ameaçam prémios
No entanto, estes valores podem sofrer uma redução, dependendo do estado onde cada equipa jogue, uma vez que os impostos federais variam de estado para estado. Por exemplo, a Florida não cobra impostos de renda estadual, ao contrário da Pensilvânia (3%), Atlanta (5,5%) e Califórnia (7%).
O Benfica, por exemplo, estará isento de impostos nos jogos que realizar em Miami e Orlando, mas o FC Porto terá dois jogos em Nova Jérsia e um em Atlanta, onde poderá estar sujeito a uma taxa de 5,5 por cento.
FIFA tenta garantir isenção
A FIFA está a negociar ativamente com as autoridades locais para garantir a isenção total dos prémios e manifesta otimismo quanto a um desfecho positivo. O presidente da FIFA, Gianni Infantino, já se reuniu com Donald Trump para discutir o assunto e também se encontrou com o FBI para tratar de questões de segurança relacionadas com o evento.