Após a goleada de 5-0 do Benfica sobre o Tirsense nas meias-finais da Taça de Portugal, o treinador Emanuel Simões trouxe à tona importantes questões sobre a competição. Simões afirmou: “A Taça de Portugal devia ser obrigatoriamente na casa de cada clube. Tem é de haver condições para tal.” O treinador ressaltou que os clubes em divisões inferiores devem ter a oportunidade de jogar em casa, desde que exista a infraestrutura necessária. Expressando preocupações sobre as difíceis condições de jogo em Santo Tirso, destacou que “não havia condições nenhumas para jogar lá: a nível da segurança, do relvado…” Esta situação, segundo Simões, deve provocar uma reflexão mais ampla sobre o futebol em Portugal. “Se calhar o futebol português tem de repensar, em vez de ter quatro divisões, ter três, por exemplo, com mais séries na Liga 3...”
No contexto oposto, o central do Arouca, Jose Fontán, manifestou a serenidade que invade o balneário da equipa, que se encontra a um empate dos 30 pontos no campeonato. “As coisas não estavam a sair, mas sabia que, mais cedo ou mais tarde, acabariam por sair pois tínhamos qualidade,” afirmou o jogador, reforçando a estabilidade mental e a convicção da equipa em tempos de dificuldade. O defesa também mencionou a satisfação por estar no Arouca, referindo: “Gosto muito de jogar numa equipa assim, que é protagonista e valente.”
A Reflexão de Emanuel Simões
No entanto, o sentimento de euforia no Arouca contrasta com as dificuldades enfrentadas por outras equipas, como o Tirsense, que se vê pressionado a considerar melhorias na estrutura do futebol nacional. Emanuel Simões, ao chamar a atenção para as condições de jogo, está a provocar um debate necessário sobre a equidade nas competições. “As infraestruturas devem estar à altura do que é exigido em competições como a Taça de Portugal,” sublinhou.
A Taça de Portugal, enquanto uma das competições mais emblemáticas do futebol português, merece uma análise cuidada. Simões sugere que, ao invés de se focar em divisões que podem não refletir a realidade do futebol em Portugal, a Liga deveria pensar numa reorganização que beneficiasse os clubes e proporcionasse competições mais justas e equilibradas.
O Ânimo no Arouca
Por outro lado, a situação no Arouca destaca a importância da estabilidade e da confiança dentro do balneário. Jose Fontán expressou um otimismo contagiante: “Estávamos cientes do nosso potencial, e isso é fundamental para manter a moral alta.” O Arouca, ao contrário de outras equipas que enfrentam dificuldades, possui uma base sólida que lhe permite acreditar no sucesso.
Fontán também fez questão de ressaltar que a qualidade do plantel é um fator determinante para o desempenho da equipa. “Estamos a trabalhar duro e acreditamos que podemos alcançar grandes coisas este ano,” concluiu, reflectindo a determinação e o espírito de luta que caracterizam o Arouca neste momento da época.