Na véspera de um crucial jogo contra o Farense, Bruno Lage fez uma contundente declaração sobre a exigência que o clube impõe a si mesmo: “Temos de fazer o nosso trabalho. Pela exigência do clube, temos de ser favoritos e, com a exigência dos adeptos, temos também de jogar futebol de qualidade. A equipa tem apresentado boa dinâmica e depois cabe-me fazer com que os jogadores estejam sempre, de forma consistente, a top.” Esta fala evidencia não apenas a pressão que o treinador sente, mas também a fama que o Benfica carrega de ser um dos clubes mais ambiciosos de Portugal.

Lage ressaltou a importância da consistência e do desempenho dos jogadores ao longo da temporada, revelando que “sobre a consistência, temos dois meses em que a equipa está a crescer, os jogadores a entenderem o que queremos...”. Ao mesmo tempo, ele sublinhou a riqueza do plantel, onde “quem joga só 10 minutos, no jogo seguinte pode ser opção... Isto acontece neste plantel, com esta riqueza, com dois jogadores por posição. Por isso, eles sabem que têm de render.”

Foco no Farense

Enquanto prestava atenção ao próximo adversário, Lage não deixou de enfatizar que, mesmo com a proximidade de um importante clássico contra o FC Porto, o foco imediato estava no Farense. Ele repetiu a mantra: “Farense, Farense, Farense”. Essa afirmação destaca a determinação do técnico em manter os jogadores concentrados na tarefa presente, evitando qualquer distração sobre a rivalidade que se aproxima.

Esta abordagem reflete a mentalidade de trabalho do treinador e a necessidade de garantir que a equipa não se desvie do seu objetivo imediato. Lage sabe que cada jogo conta, e a preparação deve ser feita com a mesma seriedade, independentemente da importância percebida do adversário.

Gestão do Plantel

No que diz respeito à gestão do elenco, Lage comentou sobre Tomás Araújo, que tem sido alvo de atenção nas últimas semanas devido à sua saúde física e uso estratégico por parte do treinador. Ele afirmou claramente que “não está em risco”, ao mesmo tempo que deixou no ar a possibilidade de gestão de alguns jogadores: “Temos de saber gerir o Tomás, não está em risco de contrair uma lesão crónica”, disse. Isso demonstra uma abordagem prudente em relação à saúde e desempenho de seus atletas.

O treinador sublinha, assim, a importância de uma gestão cuidada do plantel, onde a saúde dos jogadores é prioritária, especialmente em períodos críticos da competição. A eficácia no uso do plantel pode ser decisiva para os objetivos a longo prazo do Benfica.

Compromisso Coletivo

Além disso, Lage foi firme ao instruir os seus jogadores sobre a importância do compromisso coletivo. Ele afirmou, “quem colocar o ego à frente da equipa não entra, é tão claro como a água”. Esta frase contundente sublinha um dos pilares do seu trabalho: a necessidade de um coletivo coeso, onde o eu é colocado de lado em favor do bem maior da equipa.

Em um desporto onde o individualismo pode muitas vezes prevalecer, Lage defende uma mentalidade unificada, onde cada jogador é parte de um todo. Essa filosofia é essencial para o sucesso e será uma das principais orientações para o que resta da temporada.

Objetivos Europeus

Bruno Lage também utilizou o tempo na conferência para expressar seu desejo maior em relação às competições europeias, afirmando: “O que quero é garantir a possibilidade de voltar a jogar a Liga dos Campeões pelo Benfica e fazer pontos para ajudar no ranking”. Essa aspiração aponta para os altos objetivos que o treinador tem para o futuro, mesmo num cenário de incerteza no futebol português.

Essa ambição reflete não apenas um desejo pessoal, mas também um compromisso em elevar o prestígio do clube em competições internacionais. A visão de Lage para o Benfica é clara: retornar ao seu lugar de destaque na Europa e trazer de volta conquistas que marcam a história do clube.