Catarina Campos, a primeira árbitra portuguesa a atuar na fase final do Campeonato da Europa feminino, expressou a sua satisfação ao receber a seleção para este importante evento. “Recebi esta notícia com muito agrado. É uma honra fazer parte das 13 selecionadas para a fase final do campeonato da Europa na Suíça. Mais do que o reconhecimento, feliz por mostrar uma equipa portuguesa nesta fase final”, declarou Campos na cerimónia de celebração do 111.º aniversário da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
As contribuições de Catarina Campos vão além da sua seleção como árbitra. Ela sublinhou que a grande presença da arbitragem portuguesa nesta fase final não se limita a um mérito individual. “Uma grande equipa portuguesa que estará presente”, afirmou, referindo-se às suas compatriotas Andreia Sousa e Vanessa Gomes como assistentes, assim como Tiago Martins, que irá atuar no vídeo-árbitro (VAR). A história foi marcada recentemente quando Campos se tornou a primeira mulher a apitar um jogo da I Liga masculina, um evento significativo que ficou gravado na memória do desporto: “Era importante que a estreia corresse bem, para mostrar que a arbitragem feminina em Portugal trabalha muito bem e podemos ter mais oportunidades no futebol masculino. Também merecemos”, explicou.
Uma Nova Era para a Arbitragem Feminina
A sua nomeação para o Euro 2025 será um marco não apenas para ela, mas para toda a classe feminina. Com uma responsabilidade que é nova e inovadora em Portugal, Campos está consciente do impacto que tem como pioneira: “Estou preparada para o desafio”, proclamou enquanto se preparava para a sua próxima tarefa no Benfica-Farense.
No torneio a ter lugar na Suíça, Portugal estreia-se no Grupo B com a Espanha, atual campeã do mundo, em Berna a 3 de julho, seguida de um confronto contra a Itália e finalmente a Bélgica. A presença de Campos, que está ao lado de um grupo predominantemente europeu de árbitros, é um reflexo do crescente reconhecimento e valorização do papel das mulheres no futebol.
Reconhecimento e Oportunidades
As equipas de arbitragem, com a exceção de uma, têm toda a sua origem europeia, incluindo a brasileira Edina Alves Batista da CONMEBOL. O futuro da arbitragem feminina está a ser moldado por estas novas oportunidades, e com mensagens de desafio e comprometimento como a de Catarina Campos, é evidente que estamos somente a arranhar a superfície do potencial que as mulheres podem trazer ao desporto.
Este Euro promete ser não apenas um campeonato de futebol, mas também um cenário para a igualdade de género no desporto. A determinação de figuras como Catarina Campos é uma inspiração para futuras gerações de mulheres que aspiram a deixar a sua marca no mundo do futebol.