No rescaldo do embate entre o Gil Vicente e o Benfica, que culminou numa vitória folgada dos encarnados por 3-0, o treinador do Gil Vicente, Bruno Lage, não se coibiu nas palavras para descrever a performance da sua equipa. O técnico expressou desapontamento com a exibição, reconhecendo a superioridade do adversário e apontando a necessidade urgente de quebrar o ciclo de resultados negativos que assola a equipa.
Lage assumiu a responsabilidade pelo desempenho aquém do esperado, reiterando a confiança na qualidade do plantel, apesar do momento difícil. O foco agora recai sobre os próximos desafios, com o jogo frente ao Boavista a ser encarado como crucial para as aspirações do Gil Vicente.
Análise ao Desempenho da Equipa
“Foi um jogo onde nunca nos encontrámos. Nunca estivemos bem. Perdemos e perdemos bem. O Benfica foi claramente superior”
, afirmou Bruno Lage, reconhecendo a superioridade do Benfica. O técnico analisou o desempenho da equipa nas diferentes fases do jogo: “Na primeira parte, com e sem bola, fomos pouco agressivos, pouco intensos. Tivemos pouca ‘alma’. Não acertámos o ‘timing’ da pressão e não tivemos bola. Na segunda parte, melhorámos um pouco, mas o Benfica recuou. Jogámos com mais coragem, mas foi um mau jogo da nossa parte. Temos de o assumir.”
Lage abordou a persistente dificuldade da equipa em inverter a atual trajetória: “Enquanto não quebrarmos este ciclo [de nove jogos oficiais sem vencer], é sempre mais difícil quando, a meio do jogo, a equipa fica refém dos erros técnicos e fica frustrada no decorrer do jogo. Não é por falta de vontade ou por falta de trabalho. A equipa está insegura com bola. Depois de uma vitória, tudo se pode alterar.”
Confiança no Plantel e Estratégias Futuras
Apesar dos resultados menos favoráveis, Bruno Lage mantém a confiança na qualidade do plantel: “Há qualidade, mas está difícil quebrar este ciclo. Temos de olhar para este jogo como uma aprendizagem. É impossível competir com uma equipa como o Benfica, quando eles têm 16 faltas e nós nove. Temos de ser agressivos. O responsável sou eu. Estou cá para dar ‘a cara’. Temos de acreditar no nosso processo.”
Lage justificou a substituição de Fujimoto, explicando: “Nos últimos dois jogos, o Fujimoto [hoje suplente] não esteve tão bem como queríamos. Sabíamos que hoje não iríamos ter tanta bola, e ele é um jogador mais forte ofensivamente do que defensivamente. Ele dá critério. Quando a equipa teve mais bola na segunda parte, lançámo-lo para chegar mais à frente. Queríamos mais agressividade na segunda parte e ele não a tem tanto. Entrou bem em jogo. Até lá, a equipa nunca se encontrou.”
Foco no Próximo Desafio
O técnico concluiu, focando-se nos próximos desafios: “Estou cá para tomar decisões. Sabíamos que o Benfica nos iria criar muitos problemas defensivos. Esperávamos ter alguns amarelos. O Rúben Fernandes estava no limite dos cartões amarelos [e ficou no banco de suplentes]. O jogo com o Boavista é crucial para nós. Foi uma decisão minha, com responsabilidade minha.”
. Bruno Lage demonstra estar ciente da importância do próximo jogo e assume total responsabilidade pelas decisões tomadas.