Serginho Andrade, extremo português a brilhar na Liga Dinamarquesa, é o rei das assistências. Numa entrevista exclusiva ao Maisfutebol, o jogador fala sobre a adaptação ao país nórdico e o excelente momento de forma que atravessa. Com um estilo de jogo criativo, técnico e imprevisível, Serginho tem vindo a encantar os adeptos do Viborg. O Maisfutebol foi descobrir o percurso do jogador e os segredos do seu sucesso.
Formação em Portugal e a Mudança para a Dinamarca
Serginho Andrade começou a sua formação no Belenenses, passando depois pelo Sacavenense e, em 2015, com apenas 14 anos, ingressou na formação do Benfica. “Era um sonho que a minha família tinha, por serem benfiquistas, e aconteceu”, recorda o jogador. Após passagens pelo Benfica e Estoril, Serginho encontrou o seu espaço na Dinamarca. “Foi uma adaptação bem tranquila. Tanto o clube como os adeptos receberam-me bem. Mesmo não sabendo falar bem inglês na altura, foi rápido aprender, porque todos no clube falam essa língua e ajudaram-me”, conta o extremo de 24 anos.
O Segredo da Adaptação e a Gastronomia Dinamarquesa
O jogador português tem sido uma ameaça constante para as defesas adversárias na Liga Dinamarquesa. “O que me impressionou mais foi o facto de o inglês ser a língua comum usada no clube. Nas palestras, nos treinos e nos jogos falamos em inglês, o que facilita quem vem de fora”, acrescenta Serginho. Apesar da facilidade de comunicação, nem tudo foi simples. Serginho admite que a gastronomia “é muito diferente” da portuguesa, confessando que essa tem sido a parte mais difícil da adaptação.
Inspirações, o Melhor Momento e a Oliveirense
Quando questionado sobre as suas inspirações, Serginho não hesita em nomear Ronaldinho. “Não gosto de me comparar a outros jogadores porque fizeram a sua história e eu quero fazer a minha. Mas tenho o Ronaldinho como referência desde criança”, admite. Serginho Andrade elege como momento mais marcante o golo que marcou em casa, diante do rival Midtjylland, em setembro de 2023. Antes de brilhar na Dinamarca, o jogador passou por empréstimos, um deles na Oliveirense. “Costumo dizer que o empréstimo à Oliveirense foi a melhor coisa que me aconteceu. Foi onde me deram oportunidade de mostrar o meu jogo, de ser eu dentro de campo, onde me ajudaram a crescer como jogador valorizando as minhas qualidades e como homem também. Sou grato à Oliveirense por tudo o que fizeram por mim e sou mais um a apoiar, mesmo já não estando lá. Sou grato ao treinador Fábio Pereira, pois apostou em mim e acreditou no meu futebol, especialmente na fase em que estava antes de chegar ao clube”, assegura o extremo.