Mauro Xavier: "O Benfica precisa de atenção se não quiser passar por problemas iguais aos do Barcelona ou do FC Porto"

  1. Novos estatutos do Benfica são bons o suficiente para merecer apoio de Mauro Xavier
  2. Benfica tem gasto mais do que recebe, modelo insustentável
  3. Formação de treinadores é fundamental para o Benfica

Mauro Xavier, sócio muito presente na vida do Benfica, partilhou as suas ideias sobre os caminhos que o clube e o futebol português devem seguir. Em entrevista, o autor do livro 'A Nossa Camisola' abordou diversos temas, desde os novos estatutos do Benfica até ao modelo ideal para as competições.

Novos Estatutos do Benfica

“Termos os novos estatutos é o mais importante. Acredito que nenhum sócio saiu a achar que são perfeitos, incluo-me nesse grupo, mas achei que eram bons o suficiente para merecer o meu apoio. É com estes estatutos que vamos trabalhar nos próximos 15 anos e sinto-me confortável com isso”, começou por dizer Mauro Xavier.

Contas do Benfica

Quanto às contas do Benfica, Xavier alerta que “nos últimos anos o Benfica gasta mais do que aquilo que recebe” e que esse modelo “não acho que seja sustentável”. O sócio defende que “a venda de jogadores só pode estar alocada a três coisas e nunca à sua operação: a mais investimentos, a abatimento da dívida, ou para cobrir uma receita extraordinária que desapareça”. “É fundamental apostar na formação de treinadores”, acrescentou, defendendo que “o Benfica, para poder alavancar a sua formação, a internacionalização das suas escolas, com as suas metodologias, precisa de ministrar e dar cursos de treinadores e gerir os treinadores como um ativo”.

Regulamentação do Futebol Português

Sobre a regulamentação do futebol português, Mauro Xavier é muito claro: “O Benfica precisa de atenção se não quiser passar por problemas iguais aos que se passaram em Barcelona, que se passam em Manchester ou no nosso rival, o FC Porto. É muito rápido o momento em que se passa de umas contas aparentemente equilibradas a um desequilíbrio.” O sócio defende que “o Estado não está a dar essa oportunidade” aos clubes portugueses, dando como exemplo que “os bilhetes para ver futebol custam mais do que para ir ver uma tourada, o IVA não é de 6%, é de 23%; não é permitido vender bebidas alcoólicas no estádio, mas nas imediações, sim”. “O Benfica tem de liderar esta conversa com o Estado. Temos de ter um regime mais favorável para o futebol português”, afirma, acrescentando que “se queremos atrair os melhores e manter os nossos melhores mais tempo, temos de ser competitivos”.

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