O Ministério Público português abriu uma investigação a alegados crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais em diversas operações de compra e venda de jogadores entre o Benfica e o Valência, na sequência de denúncias apresentadas pelo antigo presidente do clube espanhol, Miguel Zorío.
As transferências de Rodrigo Moreno e André Gomes são dois dos casos específicos que estão a ser alvo de escrutínio por parte das autoridades. Zorío alega que em ambas as operações terão sido pagas «avultadas quantias a intermediários e terceiros», o que terá prejudicado os interesses financeiros do Valência.
Casos em investigação
Além destes dois casos, as investigações também se debruçam sobre as contabilizações feitas pelo Benfica relativamente às transferências do médio argentino Enzo Pérez e do lateral-direito João Cancelo, que também mudaram de Valência para a Luz.
«O envolvimento entre os dois clubes intensificou-se após a entrada do magnata singaporiano Peter Lim como principal investidor do Valência, em 2014», refere o artigo. Apenas um ano antes, o Benfica tinha sido alvo de acusações do Ministério Público por crimes de corrupção ativa e passiva, assim como fraude fiscal, envolvendo o antigo presidente Luís Filipe Vieira.
Silêncio dos clubes
Apesar das denúncias apresentadas por Zorío, o Benfica e o Valência não fizeram quaisquer comentários públicos sobre a investigação em curso. As autoridades portuguesas confirmaram apenas que o processo está a ser analisado, numa altura em que os clubes se preparam para a nova temporada desportiva.